Temporão quer ampliar política de saúde e garantir transparência

O novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, considera que sua ''missão'' à frente da pasta é qualificar o atendimento de saúde da população brasileira, além de garantir a transparência na utilização dos recursos. .

No ano passado, os recursos para a saúde foram alvo de denúncias no Congresso Nacional pela investigação de um esquema de compra superfaturada de ambulâncias por intermédio de emendas parlamentares. A discussão das regras para os recursos também foi feita no Conselho Nacional de Saúde, órgão de participação social e definição das políticas do setor.


 


Temporão citou a transparência como um direito da população brasileira. “Para que a população possa saber onde os recursos estão sendo utilizados, com que qualidade e para que estão sendo utilizados”, afirmou. Temporão afirmou ainda que, apesar das deficiências da saúde pública, políticas brasileiras dessa área são copiadas por outros países. “Alguns programas são os melhores do mundo. Nosso programa de tratamento da aids, de imunização, de transplante. Somos o segundo maior país transportador de órgãos do mundo. Mas temos problemas, de qualidade, de acesso e de cobertura”, ponderou.



 
O ministro acrescentou que ainda é cedo para definir prioridades para a nova pasta. Assegurou que dará continuidade ao que já é feito na pasta. “É uma continuidade. Eu faço parte da equipe do ministério. Então já temos toda uma política em andamento. É claro que vou trazer meu estilo, minha marca, minha maneira de ver as coisas, a experiência. Obviamente vou trabalhar alguns prioridades, mas ainda é cedo”, afirmou.



 
A transição de cargo do ministro está marcada para a próxima segunda-feira, às 16 horas, na sede do ministério.


 




Perfil:
  O peemedebista José Gomes Temporão tem 55 anos e é natural do Rio de Janeiro (RJ). Formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1977 e tornou-se mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). Concluiu o doutorado em saúde coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2002. No setor público, foi subsecretário de Saúde do estado do Rio de Janeiro (1991), assessor-chefe de planejamento da Secretaria de Educação do (1999) e subsecretário de Saúde do município do Rio de Janeiro (2001). Em 2003, foi nomeado secretário-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Deixou o órgão em 2005 para chefiar a Secretaria de Atenção à Saúde do ministério.


 


Fonte: Agência Brasil