Controladores de vôo começam greve de fome em BSB e Manaus

No início da tarde desta sexta-feira (30) o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo (SNTPV), Jorge Botelho, divulgou um manifesto que, segundo Botelho, foi enviado por controladores de vôo. O sindicato não é autor do manif

Os sargentos controladores de vôo, que estavam de folga e foram obrigados a comparecer à formatura militar no Cindacta 1 (Centro de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, decidiram permanecer nas instalações militares e iniciar uma greve de fome. Mais de cem controladores estão concentrados no Cindacta-1, sem previsão para deixar o local. Os que deixaram o trabalho na manhã de hoje se juntaram aos sargentos em greve.


 


Mais de 100 profissionais estariam participando do movimento, que teve como estopim a transferência de um de seus coordenadores para o Rio Grande do Sul. Os controladores estão todos no Cindacta no movimento de aquartelamento, por iniciativa própria. Os controladores de vôo de Manaus também estão realizando uma greve de fome. Em pronunciamento no Senado hoje


 


O movimento é contra as supostas retaliações que estariam sendo adotadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) contra os controladores, que estão sendo transferidos aleatoriamente, perseguidos e punidos, segundo os grevistas. Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa, Waldir Pires, se reúne com a cúpula do setor aéreo para discutir a crise nos aeroportos.


 


Aeronáutica nega greve de fome de controladores


 


O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou que não há nenhuma greve de fome no Cindacta-1 e não há militares concentrados em suas instalações que não estejam trabalhando. Tanto assim que, segundo a Aeronáutica, não há reflexo no tráfego aéreo, que está fluindo normalmente. A Aeronáutica diz ainda que os documentos que estão sendo veiculados por controladores são apócrifos e não podem ser levados em consideração.


 


Contudo, os sargentos controladores confirmaram que estão em greve em represália contra o que chamam de “perseguição da FAB”. Eles alegam que os reflexos dessa mobilização, no entanto, só ser sentidos no final da tarde e à noite, quando o movimento nos aeroportos tende a aumentar.