Embaixada do Irã no Brasil condena exibição do filme “300”

A embaixada do Irã no Brasil divulgou nesta quarta-feira (04) uma declaração à imprensa acusando o filme 300 de “tentar promover, através da arte, o conflito entre as civilizações”.

A declaração começa lembrando que o filme foi baseado “em um romance do escritor Frank Miller”, e não tem qualquer fundamento histórico. Na verdade, 300 baseia-se em um álbum em quadrinhos de Miller, que é desenhista e roteirista.


 


Segundo a declaração, o filme distorce a história e dá apoio às “políticas bélicas dos governantes neoliberais dos Estados Unidos”, além de mostrar que “Hollywood está sob o domínio total do governo norte-americano.”


 


A embaixada condenou a exibição do filme, que em seu primeiro final de semana nos cinemas brasileiros já se tornou o mais visto do ano. A declaração afirma que 300 é uma “tentativa sionista de distorcer e ofender a rica cultura iraniana.”


 


A declaração ainda traz um trecho em que acusa o cinema de Hollywood de promover o “ódio e o terrorismo”, em contraponto ao cinema iraniano, que promove o cinema da “paz e amizade”.


 


Por fim, o texto afirma que o “povo instruído do Brasil sabe que esse filme jamais poderá macular a gloriosa história do Irã.”


 


Veja a íntegra da declaração


 



Embaixada da República Islâmica de Brasília


 


“Declaração à imprensa”


 


A tentativa, através da arte, de promover o conflito entre as civilizações



 


Recentemente foi produzido um filme intitulado 300 pela companhia americana “Warner Bros”, baseado no romance do escritor Frank Miller. O enredo do filme é fruto fictício da imaginação do autor e não tem qualquer fundamento histórico.


 


O Filme é cheio de distorções da história e da posição relevante na história da civilização da antiga Pérsia. Os produtores do filme, comprometendo e abusando da história, tem a finalidade de promover a idéia do conflito entre civilizações e vai ao encontro das políticas bélicas dos governantes neo-liberais dos Estados Unidos da América, sem qualquer fundamento político, histórico ou artístico.


 


Hollywood, ao produzir esse filme, mostrou, mais uma vez, que está sob o domínio total do governo norte-americano e de alguns indivíduos nos bastidores do Estado, que são instrumentos à serviço do governo dos Estados Unidos da América.


 


Esse filme é uma farsa total e uma ofensa a uma nação cujas características mais gloriosas e honradas são de ter escrito a primeira carta escrita dos Direitos Humanos no mundo, de ser uma nação pacifista, humanista, que propaga o diálogo entre as civilizações e culturas.


 


A Embaixada da República Islâmica do Irã ao condenar a exibição do filme 300, o considera uma tentativa, por parte dos sionistas, de distorcer e ofender a rica cultura iraniana que é cheia de ternura, de compaixão e de sensibilidade.


 


Enquanto o Irã apela pelo diálogo entre civilizações, países belicosos querem lesar a história das nações e soam os tambores da guerra e de conflitos entre as civilizações.


 


Hoje em dia, o cinema de Hollywood, ao seguir as políticas bélicas dos governantes dos Estados Unidos da América, ao invés de promover o espírito da paz e da amizade, o qual é o teor de todos os filmes iranianos e também é um dos atributos do povo culto do Irã, promove a cultura do ódio e do terrorismo.


 


Certamente o povo instruído do Brasil, que já tem uma aproximação e conhecimento da cultura e da tradição do Irã islâmico, através do cinema iraniano, sabe que esse filme jamais poderá macular a gloriosa história do Irã.


 


Assessoria de Imprensa
Embaixada da República Islâmica do Irã


 


Fonte: G1