Chinaglia reúne líderes para destrancar pauta de votações

O presidente da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se reúne na terça-feira (10) com líderes partidários para tentar chegar a um acordo de procedimentos que permita acelerar a votação das medidas provisórias que trancam a pauta e impedem a votação

Chinaglia admitiu que, na semana passada, o ritmo de votação foi prejudicado devido à disputa política. O Democratas (DEM) tenta impedir a deliberação das matérias até que o Supremo Tribunal Federal (STF) vote o pedido da oposição para obrigar o presidente da Câmara a instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Caos Aéreo, arquivada pelo plenário.


 


Para Chinaglia, não é possível prever quando o STF vai fazer o seu julgamento. Por isso, vai concentrar seus esforços na próxima semana para que haja debate de “mérito e conteúdo” das MPs. “Vamos trabalhar para que não haja obstrução. Pode ser uma armadilha sem saída fazer obstrução porque alguém quer que seja instalada CPI”, afirmou.


 


“Eu penso que voltará à normalidade (na próxima semana)”, acrescentou Chinaglia. Também o líder do governo  na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), espera que sejam votadas de duas a três medidas provisórias durante a semana. E destacou a importância de deliberar as medidas contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e que ainda serão apreciadas pelos senadores.


 


Apesar da demora, ele ressalta que os deputados estão com a votação em dia. “O PAC não está atrasado. O Congresso tem tido consciência. PAC não é um projeto de partido nem de governo — é um projeto de desenvolvimento para o Brasil”, defende.


 


Atualmente, seis MPs do PAC aguardam votação no plenário da Câmara. Além da 347, que autoriza o Tesouro Nacional a conceder crédito de R$ 5,2 bilhões à Caixa Econômica Federal, ainda serão votadas a 340, que corrige a tabela do Imposto de Renda; a 348, que cria fundo para investimento em infra-estrutura; a 349, que destina R$ 5 bilhões do FGTS para infra-estrutura; a 351, que beneficia investimentos em infra-estrutura; e a 352 que incentiva a produção de dispositivos eletrônicos.