PT faz balanço negativo dos 100 dias do governo Serra

Entre outras questões, a análise comprova a indiferença do governo tucano com as necessidades da população, ao reduzir recursos de saúde, em não dar respostas ao combate à criminalidade e em contingenciar verbas em áreas estratégicas. As secretarias mais afetadas com o contingenciamento são: Transportes Metropolitanos, Transportes, Esporte e Lazer, Saneamento e Energia, Agricultura, Cultura, Turismo e Economia e Planejamento.

“Em menos de três meses de administração o governador José Serra deixa transparecer sua faceta autoritária e omissa em relação aos graves problemas enfrentados pela população do Estado”, afirma Simão Pedro, líder da Bancada petista. O deputado também explica que “embora disponha de recursos no caixa estadual com o excesso de arrecadação de R$ 726 milhões, o governador fez os contingenciamentos”.

Na área de saneamento e energia, por exemplo, o balanço ressalta o contingenciamento de 36% (R$ 11 milhões) dos recursos para ações de combate às enchentes, por meio da implantação de piscinões e de 60% (R$ 23,6 milhões) para as obras na Bacia do Alto Tietê.

O documento elaborado pela bancada do PT baseou-se em dados do Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária) e do programa de governo, do então candidato José Serra.

Simão Pedro diz ainda que Serra não apresentou nenhum projeto consistente até o momento e ditou mais de 150 decretos em regime de urgência. Por isso, afirmou ele, o balanço dos primeiros 100 dias de sua administração é negativo.

O petista Ênio Tatto foi além: “Do Serra não se pode esperar muita coisa, porque ele é uma pessoa centralizadora, personalista e autoritária. A única coisa que ele fez, até o momento, foi desconstruir o governo antecessor, de Geraldo Alckmin, que também é tucano”.

Ainda nas críticas aos tucanos, o presidente do diretório estadual do PT, Paulo Frateschi, disse que Serra passou os 100 primeiros dias de sua gestão criticando e reivindicando verbas do governo federal. Para Frateschi, a oposição também não tem dúvidas de que “Alckmin deixou uma herança maldita para o Serra”. E citou como exemplos o desabamento das obras na Linha 4 do Metrô e a crise na área da segurança pública.

Da redação,
com agências