DRT/RJ pede que Light negocie volta dos demitidos
Em duas reuniões entre os trabalhadores demitidos da Light e a direção da empresa, a doutora Lívia Arueira, da Delegacia Regional do Trabalho, solicitou a abertura de negociações com base nos acordos (coletivo e de responsabilidade social). A delegada
Publicado 25/04/2007 19:30 | Editado 04/03/2020 17:06
Na primeira reunião, a atual direção do Sintergia – o sindicato da categoria – não compareceu, participando apenas os membros da chapa de oposição e os demitidos. Somente na segunda mesa redonda, a Light e a diretoria do Sintergia enviaram representantes.
Nesse momento a empresa já aceitou pagar até 36 meses de INSS e os recursos para os empregados próximos da aposentadoria (28 pessoas). Outros pressionam para conseguir vagas em empreiteiras para os demais demitidos.
Lucro fácil
Segundo a camarada Sônia Latgé, de oposição ao sindicato, desde 2006 tem alertado à direção sindical – da Articulação – que já estava em curso o processo de terceirizações. “A chapa da Articulação já não faz mais a luta dos trabalhadores e está submissa à empresa. Eles deixaram acontecer as demissões e não iam fazer nada caso não entrássemos em cena”, critica Sônia, integrante da chapa que ganhou as eleições em setembro de 2006, mas que até agora não tomou posse. Ela acusa o sindicato de validar votos de falsos sócios que nunca pagaram a contribuição sindical para manter a prorrogação do mandato de 2003.
Para Sônia, as demissões fazem parte do objetivo dos acionistas da empresa de obter lucro em curtíssimo prazo, além de terceirizar várias unidades. “Ameaçam agora de terceirizar as agências e, além disso, a Cemig detém 25% do controle da Light e tem todo um sistema de logística que lhe permite economizar ao sub contratar essa atividade da empresa”, denuncia Sônia Latgé.
Sônia informa ainda que desde a privatização, em 1996, mais de 8 mil trabalhadores foram demitidos. Ela também está em processo de demissão da Light pela participação nos protestos em favor dos trabalhadores, o que não ocorreu porque a empresa reconhece sua estabilidade até 2009.