Clinton defende Brasil no Conselho de Segurança da ONU

O ex-presidente americano Bill Clinton defendeu nesta segunda-feira (30), em Nova York, a inclusão do Brasil em uma versão expandida do Conselho de Segurança da ONU.

“Precisamos construir as instituições internacionais, e não destruí-las. Se elas não funcionam bem, precisamos melhorá-las”, disse.


 


“Eu acho, por exemplo, que o Conselho de Segurança da ONU deveria ser expandido. Deveríamos dar um assento para o Japão, um para Europa e um para o Brasil, na América Latina”, afirmou o ex-presidente, provocando aplausos dos políticos e empresários brasileiros presentes ao Fórum de Desenvolvimento Sustentável.


 


O Fórum foi realizado pela ONG Associação das Nações Unidas-Brasil e contou com a presença de inúmeros políticos brasileiros, entre eles o senador e ex-presidente José Sarney, o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.



Elogios ao programa de etanol



Clinton também elogiou o programa brasileiro de etanol, como já havia feito anteriormente.



“Você olha para a experiência brasileira, com US$ 5 bilhões em subsídios, o governo criou 1 milhão de empregos no Brasil rural”, disse.



“O Brasil é ímpar no que diz respeito ao etanol, porque faz o melhor etanol do mundo”, afirmou.



Clinton se referia ao maior padrão de eficiência do biocombustível brasileiro em comparação com o modelo americano de produção de etanol.



Combate à Aids



Atualmente no comando da Fundação Clinton, que promove programas mundiais de combate à Aids, o ex-presidente americano fez também elogios ao programa brasileiro para enfrentar a doença.



Clinton disse que, entre os países em desenvolvimento, o Brasil foi o pioneiro em oferecer tratamento médico universal a portadores do HIV.



“E o Brasil o fez utilizando a estratégia mais inovadora que já vi. Em meio à floresta amazônica, (levando tratamento) para remotas tribos indígenas, pessoas que nem falavam português. Os céticos diziam que as pessoas nunca aprenderiam a tomar esses remédios, que ninguém as ensinaria isso. Mas, em três anos, vocês reduziram a taxa de pessoas com Aids em 50% e a taxa de hospitalização em decorrência da doença em 80%”, disse.


 


Com agências internacionais