50 mil comunistas protestam em Moscou

O 1.° de Maio em Moscou foi marcado por uma manifestação de 50 mil comunistas e aliados na Praça do Teatro, em frente a uma estátua de Karl Marx. Gennady Ziuganov, líder do Partido Comunista da Federação Russa (PCFR) saudou o público e leu declarações

O líder comunista, que retornou recentemente de uma viagem à América Latina, afirmou à mídia russa que a manifestação reuniu 50 mil pessoas. A polícia local, repetindo o comportamento de todas as polícias capitalistas ao redor do mundo, estimou em um número bem menor.



O PCFR, junto ao proscrito Partido Nacional Bolchevique, protestou contra a evolução antidemocrática do país, a restrição dos direitos eleitorais, da liberdade de palavra e reunião, a burocracia e a corrupção.



Um total de 12 manifestações foram realizadas na cidade ao longo do dia. O partido Rússia Unida, do presidente Vladímir Pútin, fez uma festa na praça Vermelha (é a única organização autorizada a manifestar-se no local) e teve de ouvir a reclamação de sindicalistas também presentes, que demandam aumento nas pensões e aposentadorias de pelo menos 40%, contra os 5% .



A polícia informou que prendeu 420 pessoas em Moscou e São Petersburgo (Leningrado), em manifestações de partidos como o Yabloko (Maçã) e da Frente Cívica Unida (ambos neoliberais).



Foram organizadas manifestações em Grozny, capital da Tchetchênia, pela primeira vez em 16 anos. Outras marchas em regiões com conflitos do Cáucaso também foram realizadas, sem informações de conflitos.


 


Da redação, com informações da RIA-Novosti e Moscow Times