Polícia reprime trabalhadores no 1.° de maio na Turquia
A Polícia turca deteve hoje cerca de 900 pessoas, após forte repressão contra manifestação de trabalhadores e sindicalistas convocada em Istambul por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador, informou a rede de notícias turca “NTV”.
Publicado 01/05/2007 19:30
Os manifestantes foram detidos quando tentavam chegar à praça Taksim, onde, desde o golpe militar de 1980, é proibida qualquer concentração política.
Milhares de pessoas tentavam hoje, também a partir de outras cidades do país, ir à concentração convocada pela Confederação de Sindicatos de Trabalhadores Revolucionários (DISK, um dos principais do país) na praça Taksim.
Apesar da proibição da concentração pelas forças de repressão, cerca de 1.500 pessoas conseguiram se reunir na praça por volta das 7h de Brasília.
Em comunicado à imprensa, a DISK denunciou a violência da polícia, com gás lacrimogêneo, agressões e detenções. Segundo a nota, cerca de 2.000 policiais agiram contra os organizadores da manifestação, agrediram os manifestantes e os levaram a lugares desconhecidos.
Entre eles estava o secretário-geral e presidente do comitê organizador, Moussa Camp, assim como outros líderes sindicais, que foram agredidos e detidos quando se reuniam no bairro operário de Besiktas, em Istambul.
Vários ônibus procedentes de Ancara que levavam pessoas à manifestação foram bloqueados na entrada de Istambul por agentes policiais, que quebraram os vidros dos veículos e jogaram bombas de gás lacrimogêneo no interior.
A polícia bloqueou todas as ruas que levam à praça Taksim, e também censurou a transmissãode imagens por televisão na área, afirmaram as emissoras de televisão, além de ter retido a circulação do transporte público. O 1.° de Maio não é feriado na Turquia.