Congresso dos Comunistas Italianos reafirma apoio a Prodi

“Mais forte os comunistas, mais forte a unidade da esquerda”.



Sob esta consigna, reuniu-se o 4º. Congresso do Partido dos Comunistas Italianos (Pdci), na cidade de Rimini (Itália), entre os dias 27 e 29 de abril. Participaram do congresso m

O informe político foi apresentado pelo Secretário Geral Oliviero Diliberto  que, logo no início foi longamente aplaudido ao homenagear Antonio Gramsci, quando se completa 70 anos da sua morte.



A proposição central exposta pelo documento reafirma o apoio e a participação dos comunistas do Pdci ao governo de Romano Prodi em torno do cumprimento dos compromissos programáticos assumidos na última eleição nacional, em que as forças de esquerda e centro-esquerda  obtiveram apertada vitória contra a  direita de Berlusconi.



Além disso, para fazer frente ao que Oliviero qualificou como encruzilhada política, os comunistas propõem a formação de uma Confederação da Esquerda, que possa reunir as forças que se despregaram da DS (partido que sucedeu o antigo PCI), o Partido da Refundação Comunista (Prc), os Verdes e o próprio Pdci, numa frente em que cada um mantenha sua identidade, seus símbolos, suas respectivas organizações, mas busque uma ação unitária e de agregação.



Uma frente de esquerda (esquerda sem adjetivos, sublinham) que tenha como grande tema central a questão do trabalho.



A proposição ganhou grande destaque , inclusive na mídia que cobriu o congresso, em função do fato político mais importante que acontecia naquela mesma semana: a decisão do Partido Democrático da Esquerda (PDS) em seu Congresso realizado em Florença de se dissolver para criar um novo partido – o Partido Democrata –  em conjunto com a Margarida (partido político de centro, de orientação democrata cristã). 



Em reação ao que se caracteriza como o fim de qualquer laço que ligava a DS à tradição do antigo PCI, a chamada esquerda do partido, em torno de 30%, declarou sua oposição a este caminho e anunciou que seguirá a proposta de reaglutinação com as demais forças de esquerda.



Fruto deste movimento, já no início da primeira semana de maio seria formado o bloco parlamentar de esquerda e sua coordenação.  Os líderes deste grupo parlamentar estiveram no Congresso do Pdci e foram vivamente saudados.



No informe ganhou ainda destaque o papel da luta sindical e dos trabalhadores contra a acelerada precarização das relações de trabalho no país, e a necessidade de se fortalecer a presença da juventude em todas as esferas de ação dentro e fora do Partido.



O Congresso encerrou-se em clima de grande entusiasmo, unidade e reafirmação da identidade comunista . Nas palavras finais de  Oliviero Diliberto “sempre fomos, somos e sempre seremos comunistas”.