China espera que Japão cumpra acordo político

O envio de uma oferenda ao santuário Iasukuni, onde se encontram sepultados os restos de 14 criminosos de guerra, em abril, pelo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, ato divulgado nesta terça-feira (8) no Japão, provocou novos protestos do governo chi

“A China exorta o Japão a ater-se ao consenso alcançado entre ambos os países, para eliminar todos os obstáculos políticos nas relações bilaterais”, foi a reação da chancelaria chinesa, dada pela porta-voz Jiang Yu.



“A questão do santuário de Iasukuni é um assunto importante e sensível nas relações entre China e Japão”, assinalou a porta-voz.



Durante o governo do primeiro-ministro Junichiro Koizumi, os laços entre Tóquio e Pequim foram estremecidos com as repetidas visitas de Koizumi ao lugar,



Os governos dos dois países iniciaram uma aproximação com a eleição de Abe ao cargo de primeiro-ministro, que não ocultava que mesmo em seu cargo anterior, de chefe de gabinete, visitara várias vezes o templo.



O político japonês esteve em Pequim em outubro de 2006, visita que foi agradecida em março deste ano com a viagem do premiê Wen Jiabao a Tóquio.



Abe mandou flores para o templo com uma faixa onde se lia o seu nome e o cargo que ocupa.



A agência japonesa Kyodo disse nesta terça-feira, ao divulgar a notícia, que ainda não se sabe o que motivou Abe a tomar essa atitude, apesar dos fortes protestos da China contra as visitas de Koizumi ao lugar.



O gesto de Abe só foi revelado hoje, duas semanas depois, graças a fontes não identificadas pela imprensa japonesa.



Durante sua estadia em Tóquio, o chefe do governo chinês demonstrou ao Japão que os problemas históricos podem ser um obstáculo nas relações bilaterais se não forem abordados de forma adequada.