Biocombustíveis podem revolucionar Paraguai, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (21) que os biocombustíveis podem significar uma revolução para a economia e a população do Paraguai. “Os biocombustíveis são fonte de energia barata, renovável e limpa. Geram empregos no ca

Lula destacou que o país tem “todas as vantagens competitivas” para se tornar um “grande produtor” de biocombustíveis. Ele acrescentou que o governo paraguaio já deu um passo crucial nesse sentido. Atualmente, o país mistura 24% de etanol na gasolina e 5% do biodiesel no óleo diesel.



O presidente voltou a afirmar que o Brasil deseja compartilhar com o Paraguai a sua experiência na área. Hoje (21), os dois países assinaram  um memorando de entendimento para estimular a indústria e o comércio do produto no país. “Vamos trabalhar juntos para explorar os mercados emergentes com esse combustível genuinamente paraguaio”.



Por fim, Lula disse ter conversado com o presidente Nicanor Duarte sobre a necessidade de a América do Sul se integrar energeticamente.



“Nossas riquezas naturais nos fazem uma das poucas regiões auto-suficientes em energia. Ao aumentar o suprimento de biocombustíveis, ajudaremos a fazer do etanol e do biodiesel verdadeiras commodities no mercado internacional”.



Empresários querem mais
Empresários paraguaios e brasileiros apresentaram no último domingo (20) aos presidentes Lula  e Duarte reivindicações e sugestões  para ampliar o intercâmbio comercial dos dois países.



O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, considerou o encontro positivo, já que os dois presidentes puderam não apenas falar sobre o comércio de cada país, mas também ouvir os anseios do empresariado.



De acordo com Amorim, o Paraguai não quer apenas mais acesso ao mercado brasileiro, mas também ser visto como um negociador em potencial. Os empresários brasileiros demonstraram disposição para investir no país, sobretudo em etanol e  biodiesel, que já são produzidos no Paraguai.



Os principais produtos que o Brasil compra do Paraguai são cereais (milho e trigo) algodão, peles, couros e soja em grão, e exporta máquinas e equipamentos, veículos automóveis e tratores com suas partes e componentes, adubos, fertilizantes, combustíveis e lubrificantes, além de borrachas, e plásticos.



O chanceler brasileiro destacou que este foi um encontro inédito. “Eu trabalho em Mercosul há muitos anos e  nunca vi um encontro Brasil- Paraguai desse tipo, com essa densidade”. Amorim acredita esse encontro “vai abrir uma era nova para investimentos conjuntos possivelmente instalações de fábricas brasileiras aqui, trabalho cooperativo na área de biodiesel e  de etanol”.