França adota linha americana sobre sanções a Irã
Em declarações publicadas nesta quinta-feira (24), o governo francês revelou ainda mais seu recente alinhamento com os Estados Unidos, com relação às tentativas de impor sanções ao Irã, por conta das acusações contra o governo de Teerã por este continuar
Publicado 24/05/2007 14:00
Na quarta-feira (23), o próprio ministro francês de Relações Exteriores, Bernard Kouchner, repudiou um comentário do diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed el-Baradei, que contemporizou a postura contra o Irã.
Em um comentário incomum, a chancelaria francesa sublinhou que “se solidariza com os companheiros estadunidenses” na batalha para impedir que Teerã continue uma corrida que pode conduzir à produção de armas nucleares.
Entretanto, há tempo para que o Irã suspenda suas atividades vinculadas ao enriquecimento de urânio. Caso contrário, como prevê a resolução 1747, não teremos outra opção senão reunir o Conselho de Segurança da ONU, apontou Kouchner em um comunicado.
O diplomata, que viajou ao Líbano para “reiterar a solidariedade da França com o governo de Beirute”, resssaltou que deseja adotar rapidamente sanções que “mostrem ao Irã o quão inaceitável é a via escolhida, destinada ao isolamento”.
Kouchner, que foi expulso do Partido Socialista (PS) por aceitar seu cargo atual sob a égide do presidente conservador Nicolás Sarkozy, mostrou pela primeira uma linha ligeiramente distante da política anterior de Jacques Chirac.
Em seu relatório publicado na quarta-feira (22), o diretor da AIEA afirmou que o Irã não havia suspendido suas atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio.
O Conselho de Segurança da ONU havia dado um prazo, vencido ontem, 23 de maio, para o Irã suspender essas atividades, que segundo a ótica dos Estados Unidos e aliados poderá levar um dia à construção de armas nucleares pelo país.
Com informações da agência Prensa Latina