Sepror anuncia construção de Central de Classificação de Produtos Animais e Vegetais

A construção de uma Central de classificação de produtos animais e vegetais resolverá parte dos problemas enfrentados pelos produtores de queijo e leite do Amazonas. O anúncio da construção da Central foi f

O objetivo da secretaria é avaliar qual o potencial de fornecimento desses produtores para, a partir daí, inseri-los no Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) do Governo do Estado. Estima-se que os seis municípios – Manaus, Iranduba, Autazes, Itacoatiara, Manacapuru e Careiro da Várzea – produzam, juntos, 60 mil litros de leite por dia.



 
O anúncio foi recebido com bons olhos pelos produtores. Estava entre as suas reivindicações. Além da central, eles pediram a construção de resfriadores, a fiscalização sobre a venda de queijo clandestino e a realização de uma campanha educativa para elevar o padrão sanitário dos produtos do interior.



 
De acordo com Sérgio Muniz, presidente da Coopvárzea (Cooperativa mista de produtores rurais de Careiro da Várzea), o mercado de leite e queijo é vasto. No entanto, todos precisam trabalhar de acordo com as normas sanitárias. “Esse é um problema sério que enfrentamos. Precisamos que os órgãos responsáveis pela fiscalização de produtos animais realizem um trabalho de educação e regularização desses produtores clandestinos, para que eles não prejudiquem o trabalho de quem está investindo em profissionalização e equipamentos para assegurar a qualidade. Tem espaço no mercado para todos nós”, diz Sérgio.



 
Para o secretário Eron Bezerra, além da questão sanitária, cuja fiscalização deverá ser intensificada pela Comissão Executiva Permanente de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Codesav), a solução para os problemas do setor passa pela prática do associativismo. “É preciso, primeiro, que os próprios produtores se organizem. Não há, no Amazonas, uma entidade que os represente. Esse é um ponto primordial a ser solucionado”, diz o secretário.



 
“Efetivamente, a Sepror vai realizar um mapeamento das regiões produtoras de leite, para identificar os maiores potenciais. A partir disso, vamos incentivar a formação de cooperativas e desenvolver outras medidas de caráter estruturante, porque eu entendo que a política assistencialista não dá resultado em longo prazo”, conclui.


 


De Manaus,
Mariane Cruz