Futebol: Evo vai até Conmebol lutar contra veto à altitude

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que vai até a sede da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), no dia 15 de junho, para se reunir com os dirigentes da entidade. O objetivo é tentar reverter a decisão da Fifa que proíbe jogos em cid

Entre as principais cidades vetadas pela nova determinação estão La Paz e Potosí (Bolívia), Quito (Equador) Cuzco (Peru) e Bogotá (Colômbia).



“Irei a Assunção com outras autoridades de países andinos para defender que as partidas possam ser realizadas na altitude”, declarou o presidente, durante reunião com dirigentes esportivos e prefeitos de Colômbia, Peru, Equador e Bolívia, além de um representante da Venezuela.


 



Evo tem liderado a oposição à determinação da Fifa, que ele classificou como discriminatória. O presidente organizou partidas amistosas de futebol de salão e no estádio Hernando Siles, Em La Paz, onde a seleção boliviana costuma mandar seus jogos, para demonstrar que a altitude não tem efeitos negativos sobre os atletas.


 



Autoridades bolivianas, comandadas pelo ministro da presidência , Ramón Quintana, assessor mais próximo de Evo Morales, seguiram até Zurique, onde se realizava o 57.º Congresso da Fifa. A missão acabou barrada, pois os dirigentes da entidade alegaram que só tratariam do assunto com a Federação Boliviana de Futebol.


 



A determinação visa favorecer Argentina e Brasil, e é apontada por analistas, como Ezequiel Fernández Moores, do jornal argentino La Nación, como medida para favorecer amigos. “Embora a Conmebol anuncie que atenuará a decisão, para acalmar a fúria liderada por La Paz”, a medida favoreceu Argentina e Brasil.


 



Além deles, o principal favorecido foi Jack Warner, controvertido dirigente de Trinidad & Tobago, que dá ao presidente atual da Fifa, Joseph Blatter, 35 votos da confederação centro americana de futebol (Concacaf) em congressos como o recém findado em Zurique.


 



Warner foi pego revendendo ingressos para a Copa do Mundo por quase US$ 5 mil o pacote, ganhando com isso cerca de US$ 1 milhão. A Fifa ordenou que devolvesse a seus cofres US$ 250 mil. “E não disse mais nada dos outros negócios de Warner, que vendeu até o catering nos estádios quando Trinidad & Tobago sediou um mundial de jovens abaixo de 17 anos”.



Dentre outras falcatruas, revendeu na região os direitos de transmissão dos mundiais. “Longe de ser castigado, segue como presidente da Comissão de Mundiais Sub 17 e Sub 20 da Fifa. É também o vice-presidente de finanças, vice do comitê executivo e membro das comissões mais importantes da Fifa.