Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defende reforma política ampla

Previsto para ser votado nesta semana na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei que trata da reforma política, pode mudar o atual sistema de organização partidária responsável em grande parte pelos escândalos de corrupção que assolam o País. Isso,

A opinião é da deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) para quem a reforma precisa avançar ''no rumo do aperfeiçoamento democrático do sistema eleitoral brasileiro, baseado na aplicação dos princípios do pluralismo político''. Para ela, a reforma precisa dar maior transparência ao processo eletivo e, principalmente, o fortalecimento dos partidos políticos.



Para isso, a deputada defendeu o voto em lista preordenada, o ponto mais polêmico do projeto. ''A lista é instrumento fundamental para a valorização dos partidos políticos, porque suas idéias, programas, plataforma, projetos e o conjunto de seus candidatos serão avaliados, superando-se, assim, as campanhas unipessoais. Um dos maiores problemas da política brasileira é o personalismo, no qual se valorizam as pessoas em detrimento das idéias, das opiniões e dos programas partidários''.



Vanessa Grazziotin diz que o PCdoB entende que o modo mais eficaz de valorizar a política brasileira é por meio do partido político, valorizando o seu conteúdo programático. ''Dessa forma, os eleitores não precisarão votar no candidato A ou B, mas nas idéias, nas opiniões ou no projeto A ou B. Essa iniciativa é fundamental para valorizarmos os partidos e, conseqüentemente, a democracia brasileira'', disse.



Segundo ela, a lista preordenada também é pré-requisito para o financiamento público da campanha. Isto é, os recursos terão que ir direto aos partidos e não aos candidatos que atualmente recebem de doadores, o que facilita a formação de caixa dois.



Entre os pontos da reforma defendidos pelo PCdoB estão a manutenção do sistema de representação parlamentar proporcional; financiamento público exclusivo para as campanhas eleitorais; voto em lista preordenada; não às tentativas de reinclusão de quaisquer cláusulas de barreira à atuação parlamentar das agremiações partidárias; manutenção das coligações proporcionais entre os partidos políticos; ampliação a participação direta da população no processo político brasileiro, principalmente nos temas de maior relevância, por meio da realização de plebiscitos e referendos.



De Brasília
Iram Alfaia