Acaba a greve de professores da Unicamp

Depois de quase um mês em greve, os professores da Unicamp decidiram nesta quinta-feira (14) suspender o movimento e retomar as aulas na segunda-feira (18). Estudantes e funcionários mantiveram a paralisação.

“Decidimos suspender o movimento, mas a mobilização continua para evitar punições aos estudantes e funcionários em greve”, disse o presidente da Adunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp), Valério Arantes.


 


Segundo Arantes, pelo menos 130 dos 1.700 professores participaram da assembléia e cerca de 75% deles votaram pelo fim do movimento. Ele aceitaram reajuste de 3,37% oferecido pelo governo e vão discutir, em outubro, a incorporação aos salários de uma parcela fixa de R$ 200.


 


Ao mesmo tempo em que os professores suspenderam a greve, funcionários e estudantes decidiram, em assembléias separadas, manter o movimento por tempo indeterminado.


 


De acordo com a direção do STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp), cerca de 200 funcionários participaram da assembléia ontem e decidiram, por unanimidade, pela manutenção da greve.


 


Os grevistas querem aumento de 3,15% e incorporação da parcela fixa de R$ 200, além de mais verbas para a educação. Os estudantes tem pautas específicas e também pedem a extinção da Secretaria de Ensino Superior do Estado, além de mais verbas para a educação.


 


Os estudantes em greve disseram que não vão comparecer às aulas, mesmo sob o risco de levarem faltas. “A paralisação atinge 10 das 20 unidades da Unicamp”, disse o coordenador do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade Alexandre Lima.


 


Entre as unidades paralisadas, segundo o DCE, estão a Faculdade de Educação, o Instituto de Artes e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Segundo a assessoria de imprensa da Unicamp, a greve atinge apenas 4 das 20 unidades.


 


Unesp


 


Professores de três faculdades da Unesp em Bauru (343 km de SP) decidiram sair da greve parcial que atinge as universidades paulistas, segundo a assessoria da instituição. A Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp) não confirmou o fim da paralisação nas unidades.


 


Segundo a Unesp, professores estão parados em 4 das 32 unidades. De acordo com a Adunesp, a greve atinge seis faculdades e institutos. Entre os servidores, há paralisação em pelo menos 10 das 32 unidades.


 


Seis prédios da Unesp permanecem ocupados por alunos em cidades do interior. Em Presidente Prudente (565 km de SP), os estudantes devem deixar na sexta-feira (15) as salas da direção que ocupam há duas semanas.