Consumo e serviços puxam crescimento da economia argentina

O crescimento do consumo, dos serviços financeiros e da indústria deram impulso à economia argentina no primeiro trimestre. O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao quarto trimestre de 2006, a exp

Os resultados refletem a continuidade do período de auge que se iniciou em meados de 2002, ainda que a uma velocidade levemente mais reduzida. Observa-se, por exemplo, a evolução dos investimentos, que nos três primeiros meses deste ano foi de 13,1%, contra 22,9% do mesmo período de 2006 ante 2005.



Antes mesmo que tais números fossem divulgados, o presidente Néstor Kirchner adiantou o resultado do PIB durante um ato na capital argentina. “Sigamos impulsionando o crescimento da economia, que mostra a potencialidade que estamos dando ao país”, disse, antes de repetir que o governo não levará em conta as sugestões de economistas mais ortodoxos, que defendem o esfriamento da economia para conter um possível descontrole da inflação.



A estimativa média de alguns consultores econômicos, bancos e centros de estudo de uma subida de 8% neste ano, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central do país. Em 2006, o crescimento foi de 8,5%. Para que se cumpra a previsão, deverá ocorrer o mesmo que no ano passado, quando a economia foi melhorando trimestre a trimestre. Desta vez se parte de uma escala mais baixa, já que o aumento em relação ao último trimestre foi de apenas 1%, inferior ao 1,6% na mesma comparação do ano passado e do 2,8% do retrasado.



Diante desse dado que mostra uma ligeira desaceleração, indicadores econômicos que foram aparecendo no trimestre em curro mostram que a economia está, outra vez, tomando seu rumo. Ajudam-na consideravelmente a colheita recorde e renovação dos acordos salariais. Esse último fator promete elevar ainda mais o consumo privado, que no primeiro trimestre foi um dos responsáveis do avanço do nível de atividade – 8,2%, acima do nível do PIB.



O setor de serviços – em particular os serviços financeiros – explicam boa parte do crescimento do PIB. Os serviços tiveram uma subida de 8,4% nos últimos 12 meses, superior à dos setores produtores de bens, que avançaram 6,1%. Nesse primeiro segmento, os serviços financeiros foram os que mais aumentaram: 19,5%. Seguiram-lhe o setor de transporte e comunicações, com 13,3.



Fonte: Página 12