Michael Moore estréia novo filme e aguarda críticas da direita

Durante pré-estréia de seu filme “SiCKO”, neste fim de semana nos EUA, o cineasta americano Michael Moore contou para a mídia local que fez um filme equilibrado sobre o serviço de saúde dos Estados Unidos. O cineasta considera o documentário como uma f


O diretor, que falou à imprensa na estréia de seu documentário “SiCKO”, em Michigan, disse que já espera  que os setores farmacêutico e de seguros ataquem a sua proposta de uma reforma abrangente que crie um sistema público de saúde nos Estados Unidos.



“Prevejo um ataque massacrante”, disse Moore. “Minha esperança neste filme é a de superar a grande divisão que existe neste país e dizer àqueles do outro lado, que podem discordar de mim: — Não podemos encontrar um meio-termo nesta questão? Somos todos americanos.”



Moore ganhou um Oscar em 2002 pelo documentário contra as armas “Tiros em Columbine”, e fez mais inimigos na direita com a crítica feita à suposta “guerra” do presidente George W. Bush contra o “terrorismo” retratada no filme de 2004, “Fahrenheit, 11 de Setembro”.



“SiCKO”, que estréia nos cinemas dos EUA em 29 de junho, narra histórias sofridas de norte-americanos que não receberam autorização das seguradoras a passar por tratamento de saúde que salvariam suas vidas ou que foram obrigados a se submeter ao atendimento de emergência dos hospitais porque não podiam pagar.



Para fazer comparações, Moore vai ao Canadá, Cuba, Reino Unido e França, e exibe surpresa ao encontrar evidências de que os sistemas nacionais de saúde desses países fornecem atendimento médico básico de melhor qualidade.



Moore foi notificado há cerca de 15 dias que poderá ser processado por ter visitado Cuba, acompanhando um grupo de norte-americanos que foi fazer tratamento médico lá, violando as proibiçãos de viagem à ilha impostas pelo governo dos EUA.



Moore fez a pré-estréia de “SiCKO” em uma região predominantemente republicana em seu Estado natal, em evento beneficente para o Partido Democrata do condado de Antrim.



O Partido Democrata local tinha apenas 30 membros ativos quando o Bush assumiu o poder e encontra dificuldades em apresentar candidatos para eleições locais.



Moore espera que o documentário influencie os debates da eleição presidencial de 2008, dizendo que a maioria dos norte-americanos está pronta para aceitar sacrifícios a fim de dar atendimento médico aos 47 milhões de cidadãos extremamento pobres do país que não têm seguro de saúde.


 


Com agências