Encontro pede a Lula mais abertura para a comunicação

A discussão sobre comunicação no país tem de ser aberta pelo governo federal à participação da sociedade civil. Essa é a principal reivindicação da carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançada hoje (22) ao final do Encontro Nacional de Com

Promovida pela Câmara dos Deputados, a reunião colocou no mesmo debate especialistas, parlamentares, associações de rádios comunitárias e organizações de defesa do direito à comunicação. Um dos consensos é a falta de controle sobre a comunicação no Brasil, que transformou-se apenas em um comércio, em vez de ser um serviço social para a população. “O modelo vigente é marcado pela concentração e a hipertrofia dos meios em poucos grupos comerciais, cujas outorgas são obtidas e renovadas sem controle da sociedade. O predomínio da mídia comercial marca também a fragilidade dos sistemas público e estatal”, alerta a carta.


 


Apesar de exigirem a Conferência de Comunicação, os participantes do encontro não querem que ela seja feita às pressas. Se for realizado ainda este ano, proposta apresentada pelo Ministério das Comunicações, não haveria tempo de mobilizar a sociedade a participar da conferência.


 


“É necessário um mínimo de oito meses para sua preparação”, defendeu o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Luiz Couto (PT-PB). “Queremos a participação ampla e democrática da sociedade no encontro. A população tem o direito de opinar e de sugerir sobre o modelo de comunicação a ser adotado”.


 


Segundo o parlamentar, o documento a ser produzido pela Conferência Nacional de Comunicação deve ser adotado como política de comunicação social pelo governo. “Nós queremos uma conferência que tenha caráter deliberativo e que a partir daí nós possamos ter uma política de comunicação para o nosso país”.