Mais de 200 organizações respaldam criação do Banco do Sul

O anúncio da criação do Banco Solidário dos Povos do Sul, feito em maio último pelo ministro das Finanças da Bolívia, Luis Arce, animou governos e movimentos sociais que estão em busca de fontes alternativas de financiamento para América Latina. Mais de d

A carta leva a assinatura de redes, organizações e movimentos sociais que vêm lutando contra o castigo da dívida externa e das políticas e práticas das instituições financeiras internacionais. Para eles, os organismos financeiros internacionais como o  Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, estão cada vez mais desacreditados por causa de suas políticas e falta de transparência em suas práticas.



“Cremos que o Banco do Sul deve formar parte de uma resposta regional unitária, junto com a criação de um fundo de estabilização do Sul, uma moeda comum regional para fomentar o comércio inter-regional e contar com maior estabilidade monetária”, diz a carta.



Nova era



Segundo os assinantes, a criação do Banco será uma forma de contribuir para que os países latino-americanos rompam a dependência a mercados de capitais globalizados incertos e altamente especulativos, propiciando a própria capacidade de reserva, a detenção de fuga de capitais e a inversão de recursos em forma consistente com os direitos e as necessidades dos povos.



Antes que o Banco seja posto em funcionamento, as organizações pedem a abertura imediata de instâncias nacionais e regionais de informação, participação e consulta, de forma a permitir uma instauração democrática e consistente com a necessidade de dar prioridade absoluta a superação da pobreza, a marginalidade o subdesenvolvimento estrutural.



A definição de objetivos e direcionamento das ações do Banco também está entre os pedidos dos assinantes. “Entendemos que é imprescindível que o Banco do Sul parta de claras definições em relação aos recursos, objetivos, organização, normativa, sistema de tomadas de decisão e gestão operatória”, declara a carta.



Soberania da região



Para eles, o Banco deve: definir como objetivo central a promoção do desenvolvimento próprio, por sua vez soberano e solidário, dos países membros e de toda a região; integrar seu capital acionário e direção em forma igualitária entre os países membros; estabelecer explicitamente mecanismos informativos e de controle público abertos
 


A iniciativa de criar o Banco do Sul, como una “alternativa financeira para a recuperação e integração econômica dos países do Sul da América”, foi impulsionada originalmente pelos presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Néstor Kirchner, da Argentina. Os presidentes do Equador, Bolívia, Paraguai e Brasil foram agregando seus respaldos à proposta.



Fonte: Agência Adital