Fim do “NoMínimo”: editores contestam argumentos do “iG”

Alfredo Ribeiro e Xico Vargas, editores do recém-encerrado NoMínimo, contestaram as razões apresentadas pelo iG para cortar o patrocínio ao site. Em comunicado enviado ao ombudsman do iG, Mario Vitor Santos, os jornalistas afirm

Porém, Ribeiro e Xico não aceitam o rótulo de “não-rentáveis” e rejeitam o argumento de que o NoMínimo representava 1,36% da audiência do iG: “Três milhões de pageviews/mês para um site de jornalismo não é pouco, não, companheiro. O iG seria mais correto se nos comparasse com os números do Último Segundo, mas prefere nos diminuir, jogando NoMínimo na vala comum da audiência de todo o portal”, escrevem os ex-editores.


 


Eles também questionam o conceito de “jornalismo rentável” apresentado pelo iG. “Enfim, estamos aqui juntando nossos caquinhos, correndo atrás de novos parceiros sem jogar pedra em ninguém, não é justo que, volta e meia, o iG venha a público dizer que a gente não vale nada, por isso estamos no olho da rua. Mais respeito, por favor. Este grupo de jornalistas merece”, dizem Ribeiro e Xico..


 


Após a publicação do editorial do NoMínimo que alertava para um possível fim das atividades, o ombudsman do iG questionou a direção do portal sobre o fim do contrato de patrocínio. Alexandre Barreto, diretor de portal e conteúdo, deu três argumentos:


 



o NoMínimo não era financeiramente rentável, representando somente 1,36% da audiência do iG segundo o Ibope/Net Ratings;
– com o reposicionamento estratégico do portal, o iG se concentrou em conteúdo interativo – com o lançamento de diversos blogs jornalísticos
– não faz sentido direcionar o investimento para um só site.


 


Foram essas razões que motivaram a resposta dos editores do NoMínimo. Ainda segundo o ombudsman, os diretores do iG não entraram em mais detalhes após a manifestação de Xico e Ribeiro, e reafirmaram seus argumentos.


 


Desde sua estréia como ombudsman, Mario Vitor recebeu diversas mensagens sobre o fim do NoMínimo. Cerca de 40% dos e-mails que tratavam de conteúdo reclamavam da não-renovação da parceria. O assunto também mobilizou a muitos comentários no blog.


 


A assessoria de imprensa do Unibanco negou qualquer negociação para que o banco compre uma cota de patrocínio para sustentar um possível sucessor do NoMínimo, diferente do informado anteriormente. A assessoria do Grupo Estado confirma a continuidade das negociações.


 


Da Redação, com Comunique-se