Se não renunciar, Roriz terá que responder ao Conselho de Ética

O 1º secretário do Senado, Efraim Morais, anunciou há pouco que a Mesa aceitou a representação do PSOL contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) e que o respectivo processo será enviado ao Conselho de Ética.Ao ser questionado por jornalistas sobre o pra

A Mesa Diretora do Senado decidiu, por unanimidade, aceitar a representação do PSOL contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). Agora a representação será encaminhada ao Conselho de Ética para que seja aberto processo de investigação por quebra de decoro parlamentar. Segundo o senador Efraim Morais (DEM-PB), Roriz não apresentou nenhum pedido de renúncia à Mesa, até o momento. “O senador Joaquim Roriz apenas nos entregou alguns documentos que, segundo ele, comprovariam sua inocência. Todo material será anexado à defesa dele”, disse Efraim.


 


Ao sair da reunião, pouco antes da votação, Roriz já havia negado que teria renunciado ao mandato. “Estou falando que não”, disse, ao deixar a reunião da Mesa Diretora do Senado, desmentindo informações divulgadas por algumas agências de notícias.


 


A reunião da Mesa foi coordenada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e contou com a participação de Efraim, Papaléo Paes (PSDB-AP), Tião Viana (PT-AC), Gérson Camata (PMDB-ES), Magno Malta (PL-ES) e Cesar Borges (DEM-BA).


 


Roriz é acusado de negociar a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, sacados em espécie com um cheque do empresário Nenê Constantino, dono da companhia aérea Gol.


 


O parlamentar foi flagrado em escutas telefônicas, em março, conversando com Tarcísio Franklin, preso na Operação Aquarela, sobre a entrega e a partilha desse dinheiro.


 


Na terça-feira à noite, Roriz e assessores ainda discutiam a possibilidade de ele renunciar ao mandato.


 


O Ministério Público do Distrito Federal vai remeter nos próximos dias à Procuradoria-Geral da República o resultado de mais sete escutas legais feitas pela Polícia Civil durante a Operação Aquarela, no Distrito Federal.


 


Da redação,
com agências