Freire planeja concorrer em SP para ajudar a direita

O presidente nacional do PPS e ex-deputado federal Roberto Freire cogita transferir seu domicílio eleitoral de Pernambuco para São Paulo. Entre os objetivos da mudança está a intenção de costurar uma aliança com o PSDB e o DEM (ex-PFL) para as eleições

O atual presidente do PPS tem uma trajetória política bastante controversa. Começou na esquerda, no antigo Partido Comunista Brasileiro, e caminha a passos largos para a direita. Tanto é assim que nas últimas eleições presidenciais, Freire –que já vinha flertando com as idéias e as lideranças neoliberais– rasgou sua fantasia progressista e levou seu partido a apoiar oficialmente o candidato da direita, Geraldo Alckmin (PSDB).


 


Agora, como presidente do PPS e suplente de senador por Pernambuco, quer dar mais uma virada radical na vida política. Aos 65 anos, Freire prepara a transferência de seu domicílio eleitoral para a cidade de São Paulo e uma candidatura a vereador em 2008.


 


“O voto de opinião é muito forte em São Paulo. Voltar à cena política numa eleição municipal na principal cidade brasileira dá outra dimensão para um político. Seria uma volta com influência maior”, diz Freire, menosprezando a vaga de suplente do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), posto que lhe foi oferecido como prêmio de consolação já que nas últimas eleições que disputou, Freire tem sido cada vez mais rejeitado pelo eleitorado. Sua última eleição para a Câmara dos Deputados,em 2002, se deu por uma margem muito pequena de votos.


 


Mesmo sabendo de sua fraqueza nas urnas, o presidente do PPS diz que há propostas do partido em São Paulo para ter o seu nome como puxador de votos na disputa eleitoral do ano que vem. “Mas não sou candidato agora. Analisamos como o partido está em São Paulo. Como presidente nacional do partido, a preocupação é a eleição de 2008. Minha candidatura a vereador deve ser avaliada em todo o partido, nacionalmente.”


 


Mas a verdadeira meta do PPS parace não estar na formação de uma bancada forte na câmara Municipal, mas sim na busca de cafife político para negociar uma aliança mais ampla com as duas principais forças de direita no estado: o PSDB, de Alckmin e Serra, e o DEM (ex-PFL), do atual prefeito paulistano Gilberto Kassab, que têm forte interesse na disputa eleitoral de 2008.


 


Da redação,
com agências