Valentim defende investimentos em estrutura para acelerar desenvolvimento

O deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ) defendeu mais investimentos em infra-estrutura para deslanchar o crescimento econômico.

Em discurso na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, ele observou que nos últimos 25 anos o Brasil registrou índices de crescimento bem menores do que os dos países emergentes, situação que atribui à “absurda” carga tributária, em torno de 40% do PIB, e à “debilidade” do setor de infra-estrutura.


 


“A expansão e a melhoria da infra-estrutura são de importância fundamental para o crescimento econômico”, salientou. Segundo Edmilson Valentim, o setor de infra-estrutura gera impactos positivos sobre o restante da economia, com a expectativa do aumento do número de investimentos em outros setores, além de promover o desenvolvimento social, permitir a melhoria da qualidade de vida, a geração de emprego e maior inclusão das populações de baixa renda.


 


Na avaliação do deputado, a retomada dos investimentos no setor naval é um dos importantes eixos para o desenvolvimento econômico do Brasil. Ele ressaltou que a construção da plataforma P-52 e de nove embarcações para transporte de petróleo e derivados, de um total de 42, são medidas já em andamento e que irão gerar mais de 30 mil empregos diretos e indiretos. “O soerguimento da indústria naval nacional significa o reingresso do Brasil neste mercado mundial que movimenta, a cada ano, algo em torno de 70 bilhões de dólares”, sublinhou.


 


O deputado também destacou a instalação do Pólo Petroquímico de Itaboraí, no Rio de Janeiro, onde serão investidos cerca de R$ 14 bilhões, agregando numa mesma área uma refinaria, uma central petroquímica e as fábricas de segunda geração da área do setor petróleo. A instalação desse novo complexo, segundo ele, traz a expectativa de geração de empregos, renda e oportunidades para toda a região leste do Rio de Janeiro e vai beneficiar cerca de 2 milhões de habitantes.


 


Essas medidas, de acordo com Edmilson Valentim, fazem parte do PAC, que deverá aplicar, em quatro anos, cerca de R$ 504 bilhões nas áreas de transporte, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos. O Rio de Janeiro, acrescentou, será um dos estados beneficiados com esses recursos, pois estão previstos e já foram assinados investimentos de 1,6 bilhões para a reurbanização de favelas, num total de de 3,8 bilhões para a área social áreas mais carentes do estado.


 


 “O PAC não é um edifício pronto e acabado. Um dos seus méritos foi colocar no centro das atenções a temática do desenvolvimento. Mas é preciso também que o Governo Lula efetive a reorientação da política macroeconômica, acelerando a redução mais forte do estratosférico patamar dos juros e um significativo aumento de investimento público e privado em torno de 25% do PIB”, defendeu.


 


Com Agência Câmara