Oposição baixa o nível e Renan pode não presidir sessão

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (11) que, se for necessário, presidirá a sessão do Congresso Nacional convocada para hoje, às 19h30, com o objetivo de votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “Mas só se fo

“Se houver necessidade, vou presidir. Se os trabalhos não estiverem andando condizentemente, se a coisa não fluir, se a votação não acontecer, haverá necessidade”, disse. “Não posso me omitir do meu papel profissional. Se não houver (necessidade), tudo ocorrer normalmente, o Nárcio Rodrigues (deputado do PSDB mineiro, primeiro vice-presidente da Câmara e do Congresso), pode presidir. Se não ocorrer normalmente, vou botar ordem na casa, conduzir os trabalhos”, ressaltou.


 


Mesmo depois de enfatizar, na terça-feira (10), a determinação de enfrentar tudo para provar inocência, incluindo as críticas públicas dos parlamentares, o senador estaria preocupado em garantir que sua presença na reunião conjunta do Senado e da Câmara não represente mais perdas políticas. Isso porque sofrer um novo constrangimento resultaria em mais desgaste à sua imagem.


 


Ao mesmo tempo, o presidente do Senado disse que não conduzir a sessão do Congresso não é uma questão de falta de coragem, como chegaram a dizer, em razão das promessas de manifestações contrárias a ele por parte de deputados.


 


Renan considerou normal a obstrução da sessão plenária do Senado desta terça pela oposição (DEM e PSDB).


 


“Regimentalmente, a obstrução é um recurso antigo”, resumiu.


 



Baixo nível


 



Mais do que a obstrução, partidos de oposição como DEM (ex-PFL), PSDB e PSOL ameaçam baixar o nível em protestos abertos contra o presidente do Senado. DEM e PSDB alimentam a esperança de, ao desgastar Renan, desgastar também o governo Lula e futuramente poder postular a cadeira do presidente do Senado. O PSOL serve de linha auxiliar para esta estratégia.


 


Os deputados da oposição de direita, auxiliados pelo PSOL, pretendem agitar a sessão noturna, se estiver sendo presidida por Renan, para contestar sua legitimidade no cargo. Alguns mais exaltados e menos afeitos à liturgia da representação política falam até em virar as costas para a mesa do Senado no caso de Renan presidir a sessão.


 


Da redação,
com agências