Edmilson apóia retomada de Angra 3: “uma decisão corajosa do Brasil”

A retomada das obras foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e depende agora do aval do presidente Lula, que já se posicionou favoravelmente.
    

A retomada da obra, iniciada há 21 anos, é fundamental para garantir mais segurança energética à matriz brasileira, além de significar uma injeção de mais de R$ 3 bilhões em investimentos privados no País.
    

A Usina estará fornecendo energia a partir de 2013 e gerará mais de 10 mil empregos diretos e indiretos, que beneficiarão diversos municípios do Rio de Janeiro.
    

Segundo Edmilson Valentim, o País dispõe da sexta maior reserva de urânio do mundo, suficiente para abastecer as três usinas nucleares por 500 anos. “Depois de anos sem investimentos de fôlego no setor, o Governo Lula foi obrigado a enfrentar o problema de frente e estabelecer metas de curto, médio e longo prazo para garantir não só o fornecimento de energia, mas principalmente a oferta com a expansão do crescimento econômico”, disse.
      

Construção sem novas licitações
    

De acordo com o ministro Nelson Hubner, a construção da usina poderá ser feita sem novas licitações, visto que as obras já foram a leilão no passado. Nesse caso, poderão ser usados contratos existentes, como o realizado com a construtora Andrade Gutierrez.
    

Em relação à destinação do lixo nuclear, Hubner disse que a Eletronuclear, responsável pela usina, apresentou estudos de reaproveitamento dos rejeitos e de armazenamento. A idéia é passar a fazer todo o processo de extração, enriquecimento do urânio e geração da energia no Brasil. Hoje, parte do urânio usado nas usinas de Angra 1 e 2 é enriquecido no Canadá porque, segundo o ministro, não há volume suficiente para que isso seja feito no Brasil.

    
Angra 3 levará cinco anos e meio para ser construída e custará cerca de R$ 7,2 bilhões. A usina terá capacidade para 1.350 MW. Cerca de R$ 1,5 bilhão já foi investido e 30% do empreendimento realizado.