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Comunistas gregos criticam capitalismo por incêndios no país

O último verão foi o mais mortal da história recente da Grécia, devido aos incêndios florestais. O clímax trágico das queimadas que arrasaram florestas, plantações e vilas de todo o país ocorreu nos 4 dias a partir de 24 de agosto. Ao mesmo tempo que a on

Hoje, entretanto, que o perigo está presente, o que é mais importante é lutar pela extinção do incêndio. Nessa luta participam, além das forças responsáveis e dos habitantes das regiões queimadas, também as forças do Partido Comunista da Grécia (KKE) e da Juventude Comunista da Grécia (KNE).



O KKE convocou seus membros, aos primeiros sinais do incêndio, para que permanecessem em vigília e que se deslocassem voluntariamente para trabalhar junto com as autoridades, no que fosse preciso.



Muitos grupos da KNE reuniram-se para proteger florestas que não estavam ainda em perigo, enquanto outras organizações da KNE na região de Attica contribuiram com o trabalho dos bombeiros florestais trabalhando de maneira abnegada.



O KKE considera que faltou para combater esses incêndios um plano, algo organizado que deveria ter existisse do início, ou que poderia ser formado no curso dos fogos. O problema é, antes de tudo, político e diacrônico, e uma vez mais prova a selvageria da política do governo neoliberal do partido da Nova Democracia, assim como os social-democratas do PASOK que colocaram tudo a serviço do lucro, emprol da concentração de riqueza na mão de poucos.


 


O KKE destaca isso afirmando que “as estradas do petróleo foram pintadas com sangue, as estradas das terras valiosas estão queimadas”. Não importa a legislação votada por esses dois partidos anteriormente, as mortes causadas pelos incêndios e a situação que testemunhamos das brigadas de serviços dos bombeiros são testemunhas de que nada foi producente.



É sugestivo o modo como os social-democratas do PASOK, assim como os outros partidos burgueses, tentam mudar o foco da tragédia, que está relacionada com o tipo de uso da terra e sua propriedade.



Estatísticas de 1991 a 2006 indicam que 1 para cada 11 acres de terra queimados em Attica foi reflorestado novamente, enquanto o restante foi repassado para os capitalistas.



O KKE tem uma proposta completa para a prevenção e a proteção contra fogos, pelo reestabelecimento das florestas em caso de incêndio. Entre outros, propõe e luta para que as florestas não tenham seu uso modificado. Florestas devem ser propriedade do povo.



A questão mais importante é que as florestas sejam convertidas por essa política para um uso seguro tanto comercial como para a área de saúde e educação. O KKE também propõe que seja paga uma compensação completa aos que tiveram perdas agrícolas, o congelamento das dívidas para as pessoas atingidas pelos incêndios.assim como também a contratação imediata de pessoas para a luta contra o fogo e para o serviço florestal e que elas sejam contratadas de forma permanente.



Ao mesmo tempo, é necessário que todas as leis vigentes que repassam as terras ao grande capital  sejam suprimidas, tanto quanto o artigo 24.º do texto constitucional, em revisão, que retira grande extensões florestais da proteção atual.



O KKE e a Juventude Comunista pede ao povo da Grécia que reflita sobre esses fatos e chegue a uma conclusão política sobre essa tragédia. Nas eleições parlamentares que serão realizadas no próximo 16 de setembro, o povo deve condenar essa política incendiária dos dois partidos do capital.