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Coréia do Norte deixa a lista de “terrorista” dos EUA

A República Popular Democrática da Coréia (RPDC) comunicou nesta segunda-feira (3) que os Estados Unidos concordaram em retirar o país da sua lista de estados que “promovem o terrorismo”, em troca da desativação de seu programa nuclear.

De acordo com a agência de notícias KCNA, a administração de Washington concederá a Pyongyang compensações econômicas e políticas.



Em declarações à agência, um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da RPDC assinalou que Pyongyang concordou em “desmantelar todas suas instalações nucleares” antes do fim deste ano.



Esse acordo é resultado de dois dias de conversações celebradas no último fim de semana em Genebra, entre o representante estadunidense, Christopher Hill e pelo norte-coreano Kim Gye Kwan.


 


A RPDC foi incluída em 2002 pelo atual presidente americano George W. Bush em uma lista arbitrária de países que o presidente americanos apelidou de “eixo do mal”, acusados por Washington de “apoiar” redes terroristas.


 


Segundo o porta-voz, “de acordo com o pacto, os Estados Unidos retirarão nosso país da sua lista de nações que 'apóiam' o terrorismo e cederão compensações econômicas e políticas, como a retirada da lei que proíbe o comércio com a RPDC, por ela ter sido posta pelos EUA na lista de países inimigos”.



O funcionário norte-coreano assegurou que o resultado dessa reunião em Genebra criou alicerces para avançar nas próximas negociações multilaterias de seis partes, que estão previstas para serem reiniciadas em fins de setembro em Pequim.



A notícia teve ampla repercussão na Coréia do Sul, que emitiu uma nota assinalando que “o acordo de desnuclearização entre a RPDC e os EUA faz parte do atual processo de paz na Península Coreana.



O processo compreende também a Cúpula Coréia – EUA, as negociações multilaterais em seis partes e a cúpula intercoreana.