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Guerra entre Turquia e curdos provoca mais doze mortes

Pelo menos doze soldados turcos foram mortos em uma emboscada por rebeldes separatistas curdos no sudeste da Turquia, próximo à fronteira com o Iraque.
O ataque, que matou outras 23 pessoas entre os rebeldes, foi atribuído ao Partido dos Trabalhador

Horas depois, uma bomba também atribuída ao PKK explodiu em um micro-ônibus no sudeste do país e deixou uma dezena de feridos.


 


Os eventos deste domingo aumentam a pressão para que o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, dê sinal verde para um incursão militar no norte do Iraque, onde a Turquia afirma existir bases do PKK.


 


O primeiro-ministro convocou uma reunião de emergência com ministros e autoridades miliatares para discutir o assunto. Enquanto isso, pediu calma aos canais de TV que pressionam por uma resposta militar:


 


“Especialmente neste momento, espero que nossos canais de TV mantenham a calma, evitem a agitação e incentivem as pessoas a manter o bom senso”, ele afirmou.


 


“Os passos dados no sentido de uma operação militar que cruze a fronteira foram resultado de um processo legal – o Parlamento nos deu autoridade. Tudo o que for necessário em linha com esse mandato será feito.”


 


O premiê acrescentou: “Gostaria de destacar que não temos nenhuma preocupação em relação a como esses passos são entendidos por outros”.


 


Nesta semana, os Estados Unidos e a União Européia, reagindo à decisão do Parlamento turco de autorizar a incursão militar, pediram calma à Turquia. Para Washington e Bruxelas, uma ofensiva poderia desestabilizar ainda mais a região.


 


Diplomacia


 


O tema tem colocado em fileiras opostas líderes da região. O Irã pediu à Turquia que privilegie os meios diplomáticos para resolver a crise.


 


Já a Síria expressou nesta semana apoio a uma possível ação militar turca, o que gerou uma resposta do presidente iraquiano, Jalal Talabani. Cerca de 3 mil rebeldes curdos atuam na fronteira com Iraque. “Não posso tolerar esta séria violação de todos os limites”, disse o presidente, um curdo, em uma entrevista à imprensa turca publicada no sábado.


 


Cerca de 3 mil rebeldes separatistas atuam na região entre a Turquia e o Iraque, onde desde a primavera as Forças Armadas turcam realizam manobras militares.


 


No início deste mês, 13 militares morreram em outra emboscada.


 


O PKK luta por autonomia no sudeste da Turquia desde 1984, resistindo em um conflito que já matou 30 mil pessoas.


 


Turquia, Estados Unidos e União Européia consideram o grupo uma organização terrorista.


 



Fonte: BBC Brasil