Lula garante que brasileiro não ficará sem gás para carros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta segunda-feira (5) que o brasileiro não corre o risco de ficar sem gás para abastecer seu veículo. “Não, não corre risco”, afirmou Lula, ao falar com a imprensa logo após a cerimônia de entrega do 1º Pr
Publicado 05/11/2007 18:19
“Ninguém colocou um tamborzinho de gás no seu carro porque quis, ou seja, ouve incentivo para que a pessoa fizesse aquilo. Portanto, as pessoas que já têm [carro movido a gás], vamos ter que fornecer e garantir a tranquilidade das pessoas”.
O presidente Lula admitiu, no entanto, que para o Brasil resolver o problema do fornecimento de gás e ser autosuficiente na produção do produto, a Petrobras terá de fazer muitos investimentos. “A Petrobras está investindo muito para que a gente possa ter autosuficência em gás. É por isso que estamos trabalhando com muito afinco para a construção de todos os gasodutos ligando o Brasil de Norte a Sul”, disse Lula.
O presidente anunciou que irá a La Paz, na Bolívia, no dia 12 de dezembro, para tratar do assunto com o presidente Evo Morales. “Eu marquei com Evo uma viagem a La Paz no dia 12 de dezembro, e eu penso que vai acontecer aquilo que nós queremos que aconteça, ou seja, que o Brasil viva tranqüilo na sua relação com a Bolívia e a Bolívia com o Brasil. Todos nós sabemos que a Petrobras tem que fazer investimentos para que a gente possa ter mais garantia de que a Bolívia vai ter mais gás para exportar não apenas para o Brasil, mas para seu uso interno, para a Argentina. Estamos também discutindo o projeto de gasoduto com a Venezuela, ou seja, estamos fazendo aquilo que precisa ser feito para garantir que o Brasil tenha a tranquilidade energética no futuro, eu diria, bastante longo”.
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, segundo anunciou Lula, participará de uma reunião de trabalho amanhã (6) na Bolívia, com representantes do setor, para discutir o assunto.
No final de outubro, a Petrobras teve que limitar a entrega de gás natural nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A estatal alegou que há mais de um ano as empresas retiravam combustível além do previsto nos contratos e que a redução da entrega era necessária para atender aos demais contratos e garantir a geração de energia elétrica das usinas a gás natural, conforme termo de compromisso assinado pela estatal com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em maio deste ano.
Especialistas afirmam que o consumo de gás natural no Brasil está acima da capacidade de produção e que aqui o abastecimento de gás natural só deve ser normalizado a partir de 2010, quando entram em produção novos poços da Petrobras, na bacia do Espírito Santo.
Fonte: Agência Brasil