Ismael Cardoso é o candidato da UJS à presidência da Ubes

Ismael, atual tesoureiro-geral da Ubes e estudante do Cursinho Dinâmico, em Curitiba (PR), iniciou sua participação no movimento secundarista aos 16 anos, durante o primeiro ano do ensino médio no Colégio Estadual Visconde de Cairu, no Rio.

Sua liderança destacou-se nas mobilizações da escola pelo passe livre, um direito que apenas os estudantes cariocas conquistaram e que sempre esteve ameaçado em função do lobby das empresas de transporte na cidade.

Como resultado das mobilizações, Ismael foi eleito para diretor de políticas educacionais da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (Ames) em 2003, tendo assumido a coordenação geral da entidade em 2004.

Sua gestão na Ames destacou-se pela habilidade política em recompor o movimento estudantil secundarista, que no período sofria grave fragmentação, e por reconstruir grêmios importantes no Rio. As mobilizações que davam continuidade à defesa do passe livre também marcaram a gestão da entidade e recolocaram a Ames no cenário político da cidade.

Na Ubes

A partir daí, em 2005, no 36º Congresso da Ubes, Ismael é reconhecido como uma liderança nacional do movimento que o elege para a Direção Nacional da Ubes no mesmo ano. Durante os últimos dois anos em que esteve na direção executiva da entidade, ele avalia que muitas foram às conquistas, embora sejam ainda muito maiores os desafios.           

“Foi uma gestão que conseguiu cumprir um papel fundamental pela unidade na luta pelo passe livre. Hoje quem fala em nome dessa importante bandeira no país, não há dúvidas, é a entidade máxima de representação dos estudantes secundaristas, a Ubes. Por outro lado, ainda há muito que se fazer no sentido de reorganizar o movimento e fortalecer as  entidades que já existem”, disse.

Ele também destaca que as condições de luta para os estudantes melhoraram muito com o governo Lula e que, por isso, a entidade deve avançar mais na luta histórica por uma reforma geral da educação.

“As condições oferecidas com o governo Lula para que se tenha uma educação a serviço do desenvolvimento nacional são incomparavelmente muito melhores daquelas que tínhamos durante o governo FHC. Por isso, nestes próximos anos, a gestão dos 60 anos da Ubes deverá intensificar essa luta e buscar recolocar a educação básica como fator estratégico para o desenvolvimento de que o país precisa”, argumentou.

Unidade

A eleição para o candidato a presidência da Ubes do “Todo mundo pra rua aumentar o som” ocorreu em reunião nacional do moviemnto nesta segunda e terça (26 e 27) na sede da UJS, organização que lidera o movimento. O ''Todo mundo na rua'' deve vencer o congresso com tranquilidade nos próximos dias 6 e 9 de dezembro.

Participaram da reunião 31 membros do movimento de 16 estados. Segundo o secretário geral do “Todo mundo pra rua”, Ossi Ferreira, a decisão foi unânime.

“A unidade foi uma marca muito importante desta reunião e mostrou que Ismael já era um nome natural para ser candidato à presidência da entidade”, afirmou.
    

Congresso Nacional

Agora o movimento se prepara para a etapa final e nacional do congresso. Cerca de mil delegados foram eleitos nas etapas estaduais. São esperados, ao todo, dois mil estudantes em Goiânia.

Segundo o atual presidente da Ubes, Thiago Franco, a qualidade da educação básica deverá ser um dos principais temas do 37º Congresso.

“O problema da qualidade da educação apareceu com força em todos os debates das etapas estaduais e parece ser a bola da vez na luta do movimento estudantil secundarista. O congresso deve aprovar uma grande campanha por mais qualidade de ensino na educação. Não se pode falar em programa de aceleração do crescimento sem falar das condições educacionais dramáticas do país”, destacou.