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PCdoB na TV apresenta campanha pelas reformas

Nesta quinta-feira, dia 29 de novembro, o PCdoB vai ao ar em cadeia nacional de rádio (às 20hs) e televisão (às 20h30) para transmitir o programa institucional a que tem direito desde 1986, quando apresentou o seu primeiro programa na televisão, depois

Este será o programa em cadeia nacional de número 31. O primeiro programa, quase um longa metragem, tinha 60 minutos de duração. Agora os partidos têm dez minutos para editar seus programas. O Instituto Ibope, que pesquisa regularmente os índices de audiência na televisão brasileira, calcula que a audiência deste horário nobre da noite é de uma média de 40 a 50 milhões de telespectadores.


 


O programa do PCdoB desta semana abre com uma entrevista com o arquiteto Oscar Niemeyer, que completa 100 anos de idade em dezembro próximo. Ele recebeu a equipe de gravação do programa na sexta-feira passada, em seu escritório da avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Apesar de sentir-se à vontade por se tratar de uma equipe do Partido Comunista, queixou-se que ultimamente não têm tido tempo para trabalhar. Está envolvido em três grandes projetos arquitetônicos, mas os jornalistas e personalidades que o procuram em função deste evento de seu aniversário não o tem deixado em paz. No dia anterior à gravação da entrevista para o PCdoB ele havia atendido uma equipe da TV britânica BBC, de Londres. Oscar confessou que ao atender os pedidos de entrevistas procura desviar do assunto arquitetura e passa a falar da vida e da luta política por um mundo melhor.


 


Niemeyer, em voz baixa mas usando imagens poderosas, traça um desenho de como vê o mundo de hoje e as perspectivas que temos pela frente. Diz ele que “a gente quer muito pouco, uma sociedade igual, as crianças na escola, a vida tranqüila” e que “neste momento estamos bem”. E completou: “a imagem de Bush está desaparecendo. É um idiota, não é?”.


 


Sobre o presidente, disse que “Lula compreende os problemas brasileiros…É um operário…faz jus a suas origens…está do lado do povo”. Disse ainda que “a América Latina está se organizando…seus povos tomando um caminho mais popular” e chamou de “figuras fantásticas o presidente Hugo Chávez e Fidel Castro. “Queremos acabar com o capitalismo…as diferenças de classe. Mas o importante é a luta política, é mudar a sociedade!”.


 


Seis reformas


Em seguida o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, divulga para o grande público a proposta da direção nacional do partido sobre a urgência de se lutar por pelo menos seis reformas democráticas: a reforma política, as reformas tributária e da educação, as reformas agrária e urbana e a da democratização da mídia em defesa da cultura nacional. Cada uma dessas propostas é detalhada por líderes partidários do PCdoB: Aldo Rebelo, Jô Moraes, Manuela D’Ávila, Vanessa Grazziottin, Inácio Arruda e Jandira Feghali. Este bloco é ilustrado com uma música composta pelo artista Rangel Júnior, da Paraíba, que exalta a capacidade de luta dos nordestinos.


 


A seguir, o programa procura mostrar a capacidade administrativa e de gestão popular do PCdoB à frente de executivos, como é o caso de Luciana Santos, em Olinda, cidade patrimônio da Humanidade, do prefeito da capital de Sergipe, Aracaju, Edvaldo Nogueira, do vice-prefeito de Recife, Luciano Siqueira e do ministro do Esporte, Orlando Silva Junior, que faz um balanço de seu trabalho à frente do Ministério, do programa Segundo Tempo, do projeto Timemania, da organização dos jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro entre outras iniciativas de políticas públicas do esporte.


 


Por fim, o programa traz os depoimentos de Wladimir, ex-jogador do Sport Club Corinthians Paulista e atual secretário de Esporte de Guarulhos, em São Paulo, da árbitra de futebol Ana Paula Oliveira e do músico e escritor Martinho da Vila, que relatam como encontraram o PCdoB e porquê passaram a militar neste partido.


 


O presidente Renato Rabelo explica, em seu pronunciamento neste bloco, as perspectivas políticas para as eleições de 2008, dizendo que são 27 mil o número dos recém-filiados ao PCdoB no último período da campanha de filiação partidária. Aqui o dirigente sindical e atual presidente eleito do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Gomes, relata que o PCdoB não é um partido que funciona apenas em época de eleições, mas que os comunistas atuam permanentemente no dia-a-dia da luta dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. Anuncia a fundação da CTB, Central dos Trabalhadores do Brasil, numa articulação da Corrente Sindical Classista e de vários aliados do movimento sindical do campo e da cidade.