FGV: inflação dispara em Salvador e desacelera em São Paulo
Quatro das sete capitais pesquisadas pela FGV (Fundação Getulio Vargas) para a composição do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) registraram expansão das taxas de variação de preços no período encerrado no último dia 20. Os dados foram divulg
Publicado 26/12/2007 10:16
A cidade de São Paulo, que na apuração anterior liderou com a maior variação de preços positiva entre as capitais (alta de 0,87%), registrou desaceleração do índice para 0,78% e foi desbancada por Salvador, que apurou acréscimo de 1,03% (ante 0,75%).
Em Recife também houve expansão da taxa de de variação (de 0,93% em relação a 0,84%), assim como no Rio, de 0,48% ante 0,39% na medição anterior.
A exemplo de São Paulo, a taxa de variação dos preços também desacelerou em Porto Alegre –de 0,40% para 0,36% na semana passada. Em Belo Horizonte, o índice permaneceu em 0,55%.
Na última sexta-feira (21), a FGV divulgou alta de 0,69% do IPC-S também no período encerrado no último dia 20. Segundo a FGV, após quatro altas consecutivas, o grupo alimentação registrou recuo.
Alimentação
O grupo alimentação ainda se manteve à frente dos demais índices, mas no período até o dia 20, os preços recuaram para alta de 1,74%, contra 1,83% na leitura anterior.
O índice do grupo Vestuário (de 0,79% para 0,75%) também registrou queda, com destaque para calçados, que passou de 0,84% para 0,40%. Os preços no grupo Habitação manteve a mesma taxa de variação –deflação de 0,04%.
Os índices dos grupos Transportes (0,77% para 0,92%), Despesas Diversas (0,60% para 0,81%), Educação, Leitura e Recreação (0,08% para 0,18%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,14% para 0,22%) subiram.
Conforme o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, apesar da alta mais intensa do índice, os fatores determinantes para a movimentação de preços foram idênticos aos verificados nos levantamentos anteriores.
“É mais do mesmo. Os alimentos foram, mais uma vez, os principais responsáveis pela inflação. Já estava na nossa conta e não tem nada de novo subindo”, avaliou.
“Este processo de alta do IPC-S deve acontecer também em janeiro, quando há como novo ingrediente o impacto dos reajustes de mensalidades. Em fevereiro, as taxas tendem a ser menores”, complementou, sem citar, entretanto, projeções.