Paquistão adia eleição para 18 de fevereiro
As eleições nacionais paquistanesas foram adiadas para 18 de fevereiro. O chefe da comissão eleitoral, Qazi Mohammad Farooq, disse que o país precisa de tempo para realizar eleições, em vista do assassinato de Benazir Bhutto, a líder do PPP (Partido do Po
Publicado 02/01/2008 13:21
“Asseguro a todos os partidos políticos que as eleições serão honestas, livres e transparentes. Apelo a eles para que aceitem esta decisão, no supremo interesse da nação, e participem plenamente”. disse Farooq. Ele agregou que postos eleitorais foram incendiados em 11 distritos de Sindh, o estado natal de Benazir. Urnas, listas de eleitores e outros materiais de votação foram dados como destruídos.
“Adiamento injusto”
Partidos oposicionistas, inclusive o PPP, vinham pedindo que as eleições não fossem postergadas. Farzana Raja, uma porta-voz do PPP, disse: “Quaisquer que sejam as razões apresentadas, são desculpas, pois mesmo que os papéis eleitorais tenham sido queimado nos distritos eles têm essas listas no escritório central. Rejeitamos as desculpas infundadas que deram. Estamos prontos para participar da eleição”, agregou.
Logo que o adiamento foi anunciado, o partido do ex-primeiro ministro Nawaz Sharif anunciou que participaria do processo. “Sim, certamente participaremos”, disse Zaeem Qadri, um auxiliar de Sharif.
No entanto, o presidente deste mesmo partido, Raja Zafar ul-Haq, afirmou que o adiamento era “injusto e irrazoável”.
Sohail Rahman, correspondente da TV árabe Al Jazira no Paquistão, disse que a principal razão alegada para o adiamento foi que postos eleitorais foram danificados pela recente onda de violências. Disse também que a nova data visou garantir a segurança dos observadores eleitorais e um processo eleitoral livre e justo. “Isto dá ao PPP a oportunidade de completar os seus 40 dias de luto privado e dispor de quatro semanas de campanha”, afirmou.
O governo vigente e a comissão eleitoral têm sido acusados de parcialidade. Os partidos de oposição acusam ambos de comprometimento em favos do atual presidente, Pervez Musharraf.
Fonte: Al Jazira