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Para The Economist, Brasil está preparado para crise dos EUA

A revista britânica The Economist publica em sua mais recente edição um artigo em que diz que o Brasil está numa situação mais tranqüila para enfrentar um desaquecimento da economia mundial, desencadeado por uma possível recessão nos Estados Unid

A revista adverte, no entanto, que o país “está longe de estar imune ao que acontece no mundo” e parece estar se encaminhando para uma fase “menos benigna” em termos econômicos.



O artigo, intitulado “Desta vez, será tudo diferente”, diz que há pelo menos três fatores que favorecem o país num cenário de desaquecimento mundial – e que estavam ausentes quando ocorreram crises econômicas em 1998, 2001 e 2005.



O que mudou, diz a Economist, foi a forte expansão da demanda doméstica brasileira, a maior integração do país nos mercados mundiais e a menor vulnerabilidade a choques externos. Com uma taxa de juros real de 7% – baixa para os padrões brasileiros, segundo a reportagem – o país tem hoje abundância de crédito, o que ajudou a demanda doméstica a crescer. “Seria preciso um aumento acentuado de juros para inibir essa demanda, e isso parece improvável.”



Também segundo a Economist, desta vez o Brasil tem uma demanda de consumo doméstica forte, está mais integrado com os mercados mundiais, e depende menos do comércio com os Estados Unidos, e tem, além de uma taxa de câmbio flutuante, “um Banco Central que age de forma independente e transparente, publicando atas de suas reuniões com agilidade em seu site na internet”.



Além disso, a revista destaca o fato de o país ter acabado com sua dívida em dólares. “No passado, quando a moeda (brasileira) se desvalorizava, a dívida explodia, causando mais problemas.”



Hoje, “o investimento estrangeiro direto é forte, e o Brasil agora tem mais dólares do que deve, um feliz desdobramento”, acrescenta a revista.



O tom otimista prossegue até a conclusão do artigo: “se o Brasil for capaz de sustentar um crescimento firme sem ser desviado de seu caminho por eventos em outros lugares, o país vai parecer bem diferente dentro de dez anos”, diz a Economist.



Da redação, com agências