Cadê o IPTU? Letras garrafais a favor do boicote
Para cada outdoor que o prefeito Cesar Maia instalar na cidade defendendo o pagamento do IPTU, o movimento pelo boicote ao imposto promete pôr pelo menos mais dois para lembrar que o alcaide costuma fazer uso político da verba. A decisão foi anunciada,
Publicado 01/02/2008 14:45 | Editado 04/03/2020 17:05
Segundo ele, o número total deve chegar a 100 outdoors. Sancler disse ainda que os empresários da Barra, que continuam pedindo anonimato temendo retaliações da prefeitura, pois dependem de licenças para iniciar as obras, já doaram cerca de R$ 500 mil para a campanha.
Camiseta e doação
O primeiro fruto deverá acontecer durante o carnaval. Roberto Giffoni, da Associação de Moradores do Humaitá, recebeu oferta para utilizar parte da doação da verba para confeccionar e distribuir as camisetas da campanha durante a folia.
Sancler se diz disposto a ajudar quem precisar de verba para realizar qualquer forma de protesto e garante que não quer qualquer vinculação de sua imagem à doação. Na Barra, ele montou um QG do boicote ao IPTU. “Vamos ajudar as associações que nos pedirem apoio. Sabemos o quanto é difícil construir uma casa”, disse Sancler, que também trabalha no ramo da construção civil. Giffoni estuda a proposta com carinho. Ele esteve na sede do JB e, com um grupo de atores, representou uma esquete em que diabinhos cercam o prefeito da cidade, que está vestido como presidiário. O número será apresentado durante o desfile do Bloco das Carmelitas, em Santa Teresa.
Panfletagem nos sinais
Sancler pretende também repetir no final de semana a distribuição de panfletos nos sinais da Barra, como fez na semana passada. Os panfletos foram pagos com o dinheiro da doação dos empresários. Segundo ele, a recepção dos motoristas à campanha tem sido excelente. É impressionante a adesão das pessoas à campanha. Quando a gente abordava os motoristas e eles viam que o assunto era IPTU, buzinavam, abriam os vidros e diziam que estavam conosco.
Cálculos dos líderes do movimento indicam que o boicote deve alcançar pelo menos 25% do valor que o carioca costuma pagar em cota única. O número é baseado na média de arrecadação do IPTU de 2001 a 2005 cerca de R$ 800 milhões. Sendo assim, caso a previsão se concretize, o município deixará de arrecadar R$ 200 milhões.
Fonte: Jornal do Brasil