São Paulo terá sua 1ª escola de samba homossexual em 2009

Eduardo acrescentou que o nome da agremiação faz referência a um dos principais símbolos do movimento homossexual. A Arco-Íris tenta combater os preconceitos e pretende criar um espaço no qual a comunidade Gay, Lésbica, Bissexual e Transexual (GLBT) possa se divertir sem se sentir excluída, declarou o dirigente.

Contando por enquanto com cerca de 800 membros, a escola espera chegar a 3.200 componentes para o Carnaval do próximo ano, quando estreará no sambódromo paulista, que chega a receber cerca de 30 mil espectadores em cada dia de desfile. Como qualquer outra escola, a Arco-Íris começará desfilando no Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo com o intuito de alcançar o Grupo Especial.

O enredo que será apresentado deve estar ligado a temas históricos e culturais. Segundo Corrêa, a escola não pretende trabalhar com temas relacionados à orientação sexual, pois não é sua intenção “tingir o Carnaval com reivindicações para o grupo”. O presidente da agremiação afirmou que, embora 80% da escola seja formada por membros do movimento GLBT, também há simpatizantes no grupo.

Corrêa defendeu a pluralidade do Carnaval e afirmou que a comunidade gay sempre foi muito bem recebida em todas as escolas de samba. Segundo ele, a “Arco-Íris” não fará distinção de raça, de cor ou de religião. O único objetivo da agremiação será oferecer um “belo espetáculo, de uma forma atrevida e divertida”.

O dirigente também diz estar preparado para receber todos os tipos de críticas. Entretanto, ele afirmou que não perderá tempo com as declarações de caráter negativo. A escola — que se apresentou pela primeira vez no dia 25 de janeiro, na data do aniversário da cidade de São Paulo — deve começar a trabalhar em março para o próximo Carnaval. A expectativa é que em maio se apresente à comunidade.

Da Redação, com informações da Agência Efe