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Movimentos sociais mexicanos pressionam por projeto popular

Após marcha de milhares de pessoas contra ampliação do tratado de livre comércio com os EUA na última semana, organizações entregam ao presidente Felipe Calderón o plano ''Pueblo México''.

Após marcha de milhares de pessoas contra ampliação do tratado de livre comércio com os EUA, organizações entregam ao presidente Felipe Calderón o plano ''Pueblo México''


 


Os movimentos sociais mexicanos se colocaram dispostos a dialogar com o presidente Felipe Calderón ao entregar, na última quarta-feira (6), o plano ''Pueblo Mexico''.



O documento traz uma série de críticas aos 25 anos de políticas neoliberais e 14 de Nafta e solicita que se estabeleça um diálogo entre sociedade e Estado. No último dia 31, milhares de camponeses foram às ruas pela negociação do capítulo agrário do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).



Para os camponeses, o documento é uma tentativa de recuperar a soberania alimentar mexicana, enfraquecida desde o início do Nafta. Só assim, seria possível reverter a pobreza e a desvalorização da sociedade rural imposta pelo tratado, afirmam os camponeses.



A produção de alimentos no país diminuiu, chegando a um déficit agroalimentar anual de R$ 3 bilhões, em média. Enquanto isso, a importação de carne bovina aumentou 440%, de aves 280%, de porco 210% e de ovo 50%.



O milho, principal produto alimentar dos mexicanos, teve sua importação aumentada em 85%. De 1994 a 2006, os preços para os produtores de milho aumentaram 277%. Agora, somente quatro empresas controlam o comércio de milho e uma a de farinha de milho.



O manifesto critica ainda o desflorestamento e a erosão dos bosques causados pela exploração do solo.