Para crítico, 'Tropa de Elite' serve para recrutar fascistas
O crítico Jay Weissberg, da revista norte-americana Variety, uma das mais respeitadas do seguimento de cinema, classificou o filme Tropa de Elite como uma “monótona celebração da violência”. Além disso, tachou o longa-metragem de do cine
Publicado 12/02/2008 19:12
O crítico faz avaliações negativas sobre o filme e, além de criticar o roteiro, o formato e a temática, chama Tropa de Elite, sem cerimônias, de “direitista”. Weissberg “detona”, principalmente, a narração em off do personagem Capitão Nascimento (Wagner Moura).
Segundo ele, “o narrador onipresente, em vez de aumentar a identificação do público com o personagem, aliena o espectador inteligente, que não precisa que todos os conceitos sejam explicados, uma vez que eles deveriam ser mostrados visualmente”.
De acordo com a Globo Online, apesar de toda a crítica, Weissberg reconhece que Tropa de Elite mostra um retrato honesto da violência nas favelas cariocas e da corrupção policial que a sustenta. No entanto, completa: “o filme apresenta os casos celebrando a psicopatia dos policiais e ridicularizando toda e qualquer forma de ativismo social ou até emoções”.
Longa nacional mais visto nos cinemas do Brasil em 2007, Tropa de Elite foi apresentado no Festival de Berlim nesta segunda-feira (11) e causou reações variadas. Elogiado por “seu ritmo frenético, movimentos de câmera violentos e uma trilha sonora ensurdecedora”, o filme “deixou a desejar pelo pouco espaço dado à reflexão”.
Da Redação, com informações do Portal Imprensa
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