Mulheres cobram políticas públicas e audiência com governador
Durante a audiência pública para discutir políticas públicas para as mulheres, associações e movimentos em defesa dos direitos para as mulheres voltaram a apresentar pautas com reivindicações em várias áreas, como saúde, educação, segurança pública, ag
Publicado 07/03/2008 11:27 | Editado 04/03/2020 17:14
Proposto pela deputada Ana Paula Lima (PT) e realizada pela Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, presidida pela deputada Ada De Luca (PMDB), o encontro teve início com a apresentação da pauta de reivindicação pela representante do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Urbanas (MMTU), Schirlei de Azevedo. As solicitações englobam ações de saúde, com foco na prevenção de doenças; o fim das terceirizações e privatizações por meio das Organizações Sociais; a implantação da Lei Maria da Penha com a construção de casas abrigos, centros de referências e delegacias das mulheres; a valorização do trabalho feminino com garantias de direitos trabalhistas, previdenciários, carteira assinada, igualdade salarial e redução da jornada de trabalho; a criação urgente da Defensoria Pública; reforma agrária, linha de crédito especial para as mulheres camponeses, agricultura agroecológica e a regulamentação da maricultura e da pesca artesanal feminina; implantação da tarifa social para energia e um amplo debate sobre a proibição do uso do amianto no estado. “Esperamos que desta vez o governador atenda as pautas das mulheres”, acrescentou.
Carmen Munarini, do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), defendeu a agroecologia, principalmente por ter menos impacto ambiental. A preocupação com a preservação do meio ambiente ficou evidenciado em seu discurso. “Queremos viveiros de árvores nativas e não de pinus e eucalipto, que não reflorestam e prejudicam ainda mais o solo”, falou.
Ações voltadas para a saúde da mulher do campo, pedindo alimentos de melhor qualidade e de educação, com a disponibilidade de transporte escolar para o ensino fundamental foram as outras reivindicações, junto com a instalação de hortas medicinais e a construção de 600 cisternas rurais. “Estamos aqui para apresentar a nossa pauta novamente, já que o governador não atendeu nossas reivindicações em 2007”, relatou.
Parlamentares
De acordo com Ana Paula, o Dia Internacional da Mulher é uma data de luta, reflexão e reivindicação. “Mulheres ainda morrem nesse dia, mas no anonimato. Por isso precisamos de mais delegacias especializadas, condições de se eleger mais mulheres e não colocar os nomes simplesmente para preencher a cota de 30%, exigida pela Lei Eleitoral”, frisou.
(Denise Arruda Bortolon/Divulgação Alesc)