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Nadadora Rebeca Gusmão pode ficar 2 anos fora das piscinas

A audiência da nadadora Rebeca Gusmão, na Corte de Arbitragem do Esporte, acontece nesta sexta-feira (7), em Lausanne, na Suíça. A brasileira será julgada por caso de doping de 2006, pois seu exame acusou uma alta taxa de testosterona.

Na segunda-feira, Rebeca enfrentará um novo julgamento, agora na Federação Internacional de Natação, sob a acusação de doping que teria acontecido no Pan.



No caso que será julgado amanhã, a defesa da nadadora argumenta que a urina estava degradada por conta de falhas no controle antidoping realizado durante o Troféu José Finkel, e, por isso, o exame teria apresentado um falso positivo.



No ano passado, exame promovido pela Fina no dia 13 de julho, data de abertura do Pan, mostrou novamente nível anormal de testosterona. Pior, testes de Rebeca realizados nos dias 12 e 18 de julho, durante o Pan, apresentaram duplo DNA.



Rebeca contestou o resultado do teste. Em 18 de dezembro, foi realizada a análise da contraprova no Laboratório INRS-Institute Armand Frappier. Médico contratado por Rebeca informou que o resultado teria sido inconclusivo.



Porém a Fina encaminhou o caso ao seu Painel de Doping. Se for punida pela federação, Rebeca pode ficar até dois anos fora de competições esportivas.



Em dezembro passado, a Organização Desportiva Pan-Americana cassou as quatro medalhas conquistadas por Rebeca durante o Pan do Rio.



Os dois ouros obtidos por Rebeca nos 50 m e nos 100 m livre acabaram com a venezuelana Arlene Semeco, que ficara com a prata nas duas provas.



Na mesma competição, Rebeca havia conquistado também uma prata (4 x 100 m livre) e um bronze (4 x 100 medley). Havia se convertido na primeira brasileira a se sagrar campeã pan-americana na natação.



Apesar das pendências seguirem na instância esportiva, a nadadora ao menos conseguiu se livrar da acusação na Justiça comum de fraudar antidoping.



O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública do Rio, o delegado Marcos Cipriano, não denunciou ninguém em um inquérito aberto sobre o doping de Rebeca, em que teria acontecido a manipulação da urina.



O delegado alegara que não havia ficado convencido de que houve manipulação de urina e que a coleta fora contestada.



Apesar disso, o inquérito foi enviado ao Ministério Público do Estado do Rio e o promotor Alexandre Graça, da 17ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, a denunciou sob a acusação de falsidade ideológica. Ela passou a correr risco de cumprir ao menos um ano de detenção.



A atleta, que está suspensa desde novembro, ameaçou não retornar às piscinas mesmo se for inocentada. E reclamou de “ciúmes” entre as nadadoras.