Sem categoria

Candidato favorito promete reaproximar Taiwan da China

As eleições presidenciais deste sábado (22) em Taiwan podem provocar uma mudança de rumos. Depois de oito anos com o atual presidente, Chen Shui-bian, do DPP (Partido Democrático Progressista), que trabalhou para separar definitivamente a ilha da China, o

Ma aparece nas sondagens com uma vantagem que varia entre 6 e 32 pontos. Em sua campanha, ele deixou claro que pretende reforçar os laços com Pequim, promover a integração econômica com a criação de um mercado comum, estabelecer vôos diretos entre ambos os lados do estreito e estimular o turismo de chineses na ilha.



A última provocação de Chen



Seu concorrente, o situacionista Frank Hsieh, tentou reverter a desvantagem usando os acontecimentos no Tibete como argumento eleitoral e brandidndo a “ameaça chinesa”, mas ao que parece não teve êxito. E os analistas prevêem que mesmo nenhum dos dois candidatos persistiria na linha dura de Chen, que chegou a defender uma separação definitiva e oficial, através de plebiscito.



O presidente da China, Hu Jintao, enviou uma mensagem de pacificação aos compatriotas taiwaneses. Disse que Pequim está disposto a estabelecer negociações “com qualquer presidente”, com a única condição de que este reconheça o princípio de “uma China” – renunciando à secessão. Este princípio é tradicionalmente reconhecido pelo KMT.



Como última provocação antes de deixar o cargo, Chen fez coincidir o pleito presidencial e um referendo sobre uma proposta de adesão da ilha às Nações Unidas, com o nome de Taiwan. O gesto é meramente retórico. Apenas 23 países do mundo, dos quais o mais importante é o Paraguai, reconhecem diplomaticamente a “República da China” – que governa em Taiwan.



Os EUA romperam as relações diplomáticas com Taiwan desde que reconheceram a República Popular da China, na década de 70, apesar de continuarem a fornecer armas a Taipé. Foi o sinal para um isolamento quase absoluto do governo taiwanês, embora a ilha continue a fazer bons negócios, sendo considerada um próspero tigre asiático. Os interesses da “República da China” são representados extra-oficialmente por um “Escritório de Representação Econômica e Cultural de Taipé” (Tecro, na sigla em inglês), com status de “organização privada”, composta por diplomatas “Fora do serviço ativo”.



Veja a lista completa dos países que mantêm relações diplomáticas dom a “República da China”, conforme relação elaborada pelo seu “Ministério de Relações Exteriores”:



Ásia
Nenhum



América do Norte
Nenhum



América do Sul
Paraguai



Europa
Vaticano



África
Burkina Faso
Gâmbia
São Tomé e Príncipe
Suazilândia



Oceania
 Kiribati
 Marshall Islands
 Nauru
 Palau
Ilhas Salomão
Tuvalu



América Central e Caribe
Belize
República Dominicana
 El Salvador
 Guatemala
 Haiti
 Honduras
 Nicarágua
 Panamá
 Saint Kitts e Nevis
 Santa Lucia
 São Vincent e Grenadinas.



Da redação, com agências