Renato Rabelo: Carteira Militante deve ser regra, não exceção
“Neste momento de afirmação partidária, ousadia política e consolidação orgânica do PCdoB em todo o país, a Carteira significa compromisso e orgulho de ser militante do partido; significa reforçar a vida partidária coletiva e dar conseqüência à importa
Publicado 20/03/2008 18:54
Implantada em 2006 após decisão do 11º Congresso do partido, realizado em outubro de 2005, a Carteira Nacional Militante (CNM) tem se mostrado uma importante ferramenta para a atuação dos comunistas e para a sustentação material da estrutura partidária. Em 2007, foram emitidas 11.462 carteiras.
A meta, conforme decisão do Comitê Central, é que todos os militantes do partido – hoje em torno de 92 mil – adquiram a sua. “O PCdoB vive um momento favorável, está se abrindo para a sociedade. É esse o principal estímulo para implementar com toda conseqüência a decisão do CC”, explicou Renato Rabelo.
Ao mesmo tempo, todo filiado ao PCdoB tem o direito de solicitar a sua carteira. Apenas com ela, os portadores poderão votar e serem votados. “A carteira é peça chave do esforço de estruturação partidária, porque a ela se vinculam os direitos e deveres militantes, entre os quais o direito de votar e ser eleito e o compromisso de sustentação material do partido”, disse o dirigente.
Foco nas plenárias
Para o Renato, os resultados obtidos até agora são importantes porque não só ajudaram a educar a militância como, também, possibilitaram a aquisição da sede própria nacional (foto) do PCdoB em São Paulo. Mas, é preciso atingir um patamar superior. E, para isso, a direção nacional está incentivando seus comitês estaduais e municipais, bem como seus quadros, dirigentes e pré-candidatos a adquirirem e incentivarem os filiados a ter a carteira.
O foco são as atividades coletivas que acontecem entre março e junho.“O ponto de partida será as plenárias de mobilização militante que se realizam em todo o país nos meses de março e abril. A partir daí, até as convenções eleitorais, de 10 a 30 de junho, buscamos ampliar significativamente o número de CNM. Ou seja, a CNM deve ser regra e não exceção”, enfatizou Renato.
Campanha interna
Em circular assinada conjuntamente pelos secretários de Finanças e de Organização, Vital Nolasco e Walter Sorrentino, ressalta-se a necessidade de se pôr em prática as normas eleitorais aprovadas pela mais recente reunião da Comissão Política Nacional, entre elas a exigência de que todos os pré-candidatos a prefeito, vice e vereador requisitem a CNM 2008, bem como todos os delegados eleitos para a plenária final das convenções eleitorais municipais. “Vamos aproveitar particularmente o impulso de centenas de candidaturas numa grande campanha interna pela implantação da CNM 2008. As direções em todos os níveis precisam se preparar para fazer frente ao desafio”, disse Renato.
Sinal de compromisso do coletivo com a organização e estruturação do partido, a Carteira Nacional Militante depende da participação de todos. Da parte dos comitês, as secretarias estaduais de Organização terão papel fundamental. Partirá dessas instâncias os pedidos de remessa das carteiras, ao custo unitário de R$ 3,00 que servirá para cobrir as despesas de confecção e envio. O valor também vai pagar as despesas de envio de dois exemplares do jornal A Classe Operária para aqueles que adquirirem sua carteira.
O restante da arrecadação com a emissão da CNM se destina a financiar a atividade dos comitês estaduais, podendo ser estabelecidas normas próprias de partilha com os comitês municipais.
Consciência militante
Do lado dos militantes, a carteira será remetida para aqueles que contribuírem com uma anuidade equivalente a pelo menos 1% do salário ou renda mensal, sendo o piso estabelecido com base no salário mínimo, conforme resolução do CC. Para o presidente do PCdoB, “é sobretudo o militante e a militante, a partir de sua consciência, que precisa se mobilizar para assegurar esse direito e expressar seu compromisso, solicitando a emissão de sua Carteira”.
Aos militantes que estiverem em dia com o Sistema Nacional de Contribuição Militante (Sincom), o partido vai enviar bimestralmente, por mala direta e durante um período experimental de 12 meses, a edição da revista Princípios, como forma de estímulo à formação partidária e à luta de idéias.
De acordo com Renato, é importante compreender o fortalecimento da carteira como passo destacado para a renovação de concepções e práticas de partido, “mantendo fidelidade aos princípios essenciais ao lado de grande arrojo em dotar o partido de uma vida interna rica, participativa, democrática e compromissada”. A CNM, disse, é um bom indicador desses compromissos. “Vamos ser todos e todas ‘militantes de carteirinha’”, finalizou.