BA, SE e SP abrem Jornada Nacional de Lutas da UNE e da Ubes
Os baianos sairão às ruas para lutar por um plano de assistência estudantil, que garanta a expansão e acesso do ensino superior para todos. Os sergipanos promoverão atos contra mensalidades abusivas em universidades particulares e por reserva de vagas na
Publicado 25/03/2008 12:21
O pontapé inicial da Jornada de Lutas pela educação, promovida pela UNE e pela Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) será dado por estudantes da Bahia, Sergipe e São Paulo. Os baianos sairão às ruas para lutar por um plano de assistência estudantil, que garanta a expansão e acesso do ensino superior para todos.
Além de defender essa bandeira, os estudantes reivindicarão também contra o aumento no valor do transporte público, pagamento de meia passagem para estudantes em ônibus municipais e a regulamentação do direito à meia entrada. A passeata sairá da Praça do Campo Grande às 9h e seguirá até a Praça da Sé em Salvador. Há uma expectativa de que a Jornada em Salvador mobilize mais de 10 mil estudantes, e se torne uma das maiores em número de participantes. A exemplo de como foi na jornada anterior, onde foram às ruas cerca de 8 mil pessoas.
Já os sergipanos promoverão atos contra mensalidades abusivas em universidades particulares e por reserva de vagas na Universidade Federal de Sergipe. No próximo dia 26 será realizado na UFSE (Universidade Federal de Sergipe), um debate a cerca das reivindicações dos estudantes sergipanos. E no dia 27, às 10h, um ato público será feito no Centro de Aracajú.
Em São Paulo, cerca de 5 mil estudantes sairão às ruas em passeata para reivindicar mais verbas para a educação e uma gestão mais democrática nas universidades e escolas. Eles também se manifestarão contra a privatização da CESP e para a obtenção da verba desvinculada da receita federal.
O ato paulista terá início às 8h, e terminará com um ato em frente a Bovespa. Segundo o presidente da União Paulistas dos Estudantes Secundaristas (UPES) Arthur Herculano, “a maior capital do País, também tem a educação com um de seus piores índices e é pela melhoria nestas condições que os estudantes paulistas pretendem lutar”.
Além de promover as discussões à cerca da melhoria da educação no país, as manifestações também farão homenagens ao estudante Edson Luís, morto durante uma manifestação em março de 1968 e considerado mártir na luta contra a ditadura militar.
Além das reivindicações locais, a Jornada levará as ruas de todo o país a luta pelo fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU); gestão democrática nas escolas; 10% do PIB para a educação; limitação do capital estrangeiro nas universidades e mais qualidade e acesso ao ensino superior.