Força-tarefa contra dengue no RJ terá quatro mil homens
A força-tarefa de combate à dengue no Rio de Janeiro vai contar com 4 mil homens, a partir da próxima semana. O efetivo terá profissionais dos governos federal, estadual e municipal. Atualmente, 2,4 mil bombeiros e agentes da prefeitura carioca já estão n
Publicado 25/03/2008 14:57
“O trabalho conta agora com 1,2 mil bombeiros e 1,2 mil profissionais de vários setores da prefeitura. O efetivo do governo municipal passará para 2,5 mil e ainda teremos 300 agentes do Ministério da Saúde”, destacou o coordenador da Defesa Civil do Município do Rio, coronel João Carlos Mariano.
Ele disse ainda que a força-tarefa já está sendo controlada pelo gabinete integrado de crise. Segundo o coronel, após período de atividades emergenciais, um trabalho preventivo deve ser realizado ao longo de 2008 visando o verão do ano que vem.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que vai divulgar, nesta quarta-feira, um novo balanço sobre os casos de dengue no Rio de Janeiro. De acordo com o último levantamento, a doença já matou 47 pessoas, de um total de 32.615. O número de vítimas fatais deve subir, pois vários óbitos suspeitos estão sendo investigados.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que veio ao Rio participar da montagem do gabinete de crise contra a doença na última segunda-feira, reconheceu que, devido às condições climáticas favoráveis à proliferação de mosquitos, a situação, pelo menos esse ano, deve permanecer crítica no Rio no mínimo até o fim de abril.
Na manhã desta terça-feira, no entanto, em entrevista à rádio CBN, Temporão revelou que, em outubro do ano passado, avisou a prefeitura sobre o risco de epidemia e garantiu que, à época, o ministério colocou à disposição material e recursos para o combate à doença. Jacob Klingerman confirmou que desde junho vem conversando com o ministério sobre o assunto, mas disse que não esperava o atual avanço da doença.
“Essa situação era inesperada. Desde junho a gente vinha conversando com o Ministério da Saúde. A gente vinha discutindo as ações. Em novembro, quando foi anunciado a primeira morte, a gente já estava alerta. A primeira reunião do gabinete de crise, na verdade, aconteceu em fevereiro”, alegou o secretário.
Em seu blog na Internet, o prefeito do Rio, Cesar Maia, chamou o ministro Temporão de “falastrão” e “mentiroso” em relação ao índices de dengue divulgados no país. Maia alega que o ministro “tem muita conversa e pouca ação”.
Em Brasília, nesta terça, Temporão, simplesmente ignorou o prefeito do Rio . O ministro disse que não é hora de olhar para trás e sim de trabalhar para reduzir o impacto da dengue no Rio.
Desde quinta-feira, foram registrados 1.217 novos casos, num total de 24.772 ocorridos somente na capital.