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Iraque: governo caça milícia que havia cessado resistência

A resistência contra a ocupação estrangeira do Iraque iniciou na noite de segunda-feira uma grande rebelião na cidade de Basra, a 550 km ao sul de Bagdá. A rebelião foi provocada pelo ataque das forças de segurança iraquianas contra um dos seus aliados, o

Duas dezenas de pessoas já teriam morrido, segundo informações divulgadas pelos trabalhadores dos hospitais da cidade.
 
 
Em uma nota divulgada no início desta terça-feira (25), al-Sadr responsabiliza o governo de seu país pelas conseqüências da “bárbara campanha que sofre Basra e outras regiões”. “Após as violações realizadas pelas forças de ocupação desde que entraram em nosso país, o governo chegou a ultrapassar o cenário de sangue e marginalização”, declarou.
 
 
Al-Maliki em Basra



De acordo com um militar das forças de ocupação britânicas no Iraque, o major Tom Holloway, o premiê al-Maliki estaria na cidade, supervisionando pessoalmente a operação contra a milícia de al-Sadr”,



Segundo o porta-voz dos ocupantes, “o premiê chegou na segunda-feira a Basra, junto com uma delegação de políticos. Ele está supervisionando toda a operação, dentro de uma base militar iraquiana”.



O controle da província de Basra foi repassado oficialmente pelas tropas de ocupação britânicas ao governo local em meados de dezembro de 2007.



Um dos correspondentes da rede catariana de televisão al-Jazira no Iraque revelou que “as tropas britânicas estão de prontidão, caso seja necessária a sua intervenção. Eles podem auxiliar o governo de várias formas, com suporte aéreo, bombardeando ou vigiando áreas de interesse do governo iraquiano”.



O campo de batalha está repleto de milícias que competem entre si, segundo o correspondente. “O principal grupo é o de al-Sadr, mas existem muitos outros que vão desde grupelhos políticos a gangues criminosas e saqueadores em Basra”.



Há algumas semanas, o religioso iraquiano havia ordenado manter o cessar-fogo por todo o país. Entretanto, as forças militares de ocupação e do Iraque detiveram alguns componentes importantes da milícia de al-Sadr que haviam sido acusados de pertencer a outras organizações de resistência armada.



Al-Sadr disse que seu grupo pode liderar uma campanha de desobediência civil em resposta à operação das forças de segurança do Iraque em Basra.



Ele também revelou que lançará uma onda de ataques por todo o país, a menos que a operação contra os membros de seu movimento cesse.



“Pedimos que os líderes religiosos e políticos intervenham para parar os ataques sobre o povo do iraque”, diz a declaração, lida por um dos representantes de al-Sadr, Hazam al-Aaraji.



“Convocamos todos os iraquianos a protestarem por todas as províncias. Se o governo não atender às nossas demandas, o segundo passo será de desobediência civil em Bagdá e nas províncias iraquianas”, ameaçou.



Motivos questionados



O xeque Ahmed al-Ali, um dos membros do movimento de al-Sadr em Basra, disse que o grupo não entendeu ainda o que fez o governo iraquiano lançar um ataque contra seus membros.



“A operação que está em curso em Basra aparentemente está ligada a um problema de segurança, mas na verdade é um conflito político”, disse  al-Ali à al-Jazira.