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Conselho de Ética da Câmara abre processo contra Paulinho

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instalou nesta terça-feira (3) processo disciplinar contra o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, pedindo a cassação de seu mandato. O anúncio foi do presidente do Conselho, Sérgio Mora

Paulinho  recusou-se a renunciar como forma de evitar a possível perda de direitos políticos por dez anos, caso seu mandato venha a ser cassado pelo Plenário da Câmara. Ele é acusado de participar de um esquema de fraudes em empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento  Econômico e Social).



O ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, recomendou a Paulinho, que avalie a possibilidade de um afastamento temporário da presidência do diretório estadual pedetista em São Paulo, para se defender das acusações. Lupi disse ter ponderado ao deputado que em determinadas situações o afastamento é uma opção que o colocaria “numa posição mais confortável”.



“Estamos numa situação em que não podemos colocá-lo numa posição de constrangimento. Não posso prejulgar ou condenar ninguém, não é o meu papel. Quem não deve não teme”, disse no entanto o ministro. Pouco depois, Paulinho disse que discutirá com a direção do PDT na próxima semana a possibilidade de se licenciar do cargo partidário.



A abertura do processo pôs fim a uma troca de acusações entre Sérgio Moraes e o corregedor-geral da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE). Inocêncio, que considera as acusações contra Paulinho “gravíssimas”, protocolou representação contra Moraes pela demora de uma semana na instauração. Aberto o processo, retirou a representação.



Da redação, com agências