Com estratégia teatral, DEM tenta reaparecer em Sergipe

“Uma peça teatral”. Com esta frase, o deputado federal Jackson Barreto (PMDB-SE) resumiu, nesta terça-feira (10), como enxergou o cancelamento da entrevista coletiva em Aracaju, marcada para a última segunda-feira, pelo DEM, para que o ex-governador Jo

Ressalvando, contudo, que não está preocupado com o partido alheio, o deputado Jackson Barreto se mostrou otimista quanto ao sucesso da campanha do aliado Edvaldo Nogueira. Ele disse que não pode citar ainda os números, pois as pesquisas não foram registradas no TRE, mas assegurou que os dados apontam de forma favorável o atual prefeito Edvaldo Nogueira à frente de João Alves.


 


Referindo-se ao diretório municipal do PMDB em Aracaju, Jackson Barreto colocou em xeque o edital publicado para a convenção do partido. Segundo ele, isso “foi feito de forma obscura, colocado na página de classificados de um jornal, na intenção de dizer que houve apenas a publicação”. Jackson ainda disse que o senador Almeida Lima, presidente do diretório municipal do PMDB, quer fazer a convenção às escondidas.


 


Transporte


 


O deputado federal Jackson Barreto (PMDB) protestou e ao mesmo tempo apelou ao presidente Lula, com relação à medida que, segundo ele, alijou milhões de brasileiros no transporte público ao conceder um benefício à gasolina mediante a isenção da Cide e o aumento do preço do óleo diesel em torno de 11%.


 


Para o deputado, a medida é mais um descaso com a população brasileira, principalmente com as pessoas de baixo poder aquisitivo, que necessitam de transporte público para os seus deslocamentos diários nas cidades brasileiras, onde 37 milhões de brasileiros, que integram as classes D e E, não têm acesso ao transporte público por não terem dinheiro para pagar a tarifa, conforme pesquisas realizadas pelo próprio governo federal.


 


“Esta inversão de valores sociais ao privilegiar todos os proprietários de automóveis no país em detrimento de milhões de brasileiros que utilizam o transporte público diariamente, demonstra claramente a falta de respeito e solidariedade com os que mais necessitam em nossa sociedade, que residem em bairros afastados nas periferias dos centros urbanos”, condenou o deputado.


 


Segundo o deputado, a renúncia fiscal adotada pelo governo federal é inexplicável sob o ponto de vista social. “Como justificar uma renúncia em torno de R$ 2,5 bilhões em benefício dos proprietários de automóveis, valor este que seria suficiente para reduzir em 50% o valor do preço do óleo diesel e diminuir o preço das passagens do transporte público em cerca de 15%”, questionou Jackson.


 


“Com esta brilhante decisão de reajustar o preço do óleo diesel, milhões de brasileiros carentes passarão, mediante o pagamento de tarifa do transporte público, a subsidiar diretamente as pessoas de maior renda que utilizam o automóvel para os seus deslocamentos, ou seja, do
pobre financiando o rico”, ironiza Jackson.


 


Ainda de acordo com o deputado, estudos feitos pela Fundação Getúlio Vargas, comprovam que somente na cidade de São Paulo os prejuízos com o transito chegaram neste ano a R$ 33 bilhões, valor este três vezes mais que o registrado há oito anos.


 


Fonte: Jornal da Cidade