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Em Mato Grosso, líder sem-terra é morta em emboscada

Uma liderança sem-terra foi assassinada com um tiro de espingarda no fim de semana em um assentamento em Rosário Oeste (150 km de Cuiabá, MT). Helena Souza Ferreira, 45, era presidente da Associação dos Produtores Rurais e Assentados da Fazenda Cocal e ti

Em seguida, o assassino foi até a casa de Ferreira e disparou contra o filho dela, Ronaldo Ferreira, acertando-o no braço. Ele sobreviveu. O suspeito, Creiton Oliveira Silva, está foragido.


 


Ferreira morava no acampamento da fazenda, uma área de seis mil hectares adquirida pelo Incra no ano passado e que ainda não foi dividida em lotes. A fazenda foi invadida pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Cerca de cem famílias vivem atualmente no local.


 


Segundo o delegado Rui Aparecido Ribeiro, um integrante da entidade, Nicodemo Rodrigues da Silva, pai do suposto assassino, queria que a associação comprasse um ônibus para levar assentados do acampamento até Cuiabá. A idéia tinha resistência de Ferreira, que passou, então, a sofrer ameaças. O enterro de Ferreira foi ontem, em Rosário Oeste.


 


Pernambuco


 


Cerca de 120 lavradores ligados ao MST invadiram ontem à tarde o prédio da superintendência do Incra em Recife (PE). Os manifestantes trancaram os portões com correntes e impediram a entrada e saída de funcionários por duas horas. A saída dos servidores só foi permitida após o Incra prometer negociar com os sem-terra.


 


Não houve negociação, e os invasores se irritaram. ''Amanhã (hoje) ninguém entra aqui'', disse o líder da ação e integrante da direção estadual do MST, Alexandre Damázio.


 


O MST quer a posse de parte dos engenhos da usina Catende (156 km de Recife), que é reivindicada também pela Fetape (Federação dos Trabalhadores na Agricultura de PE). A disputa pela área, hoje comandada por ex-empregados da indústria, que faliu, já teve discussões entre os movimentos. Procurado, o superintendente do Incra em Recife, Abelardo Siqueira, não foi encontrado para comentar a invasão.


 


Fonte: Folha Online